A Câmara da Guarda comprou um lote da plataforma logística de iniciativa empresarial (PLIE) por 170 mil euros para instalar o futuro Centro de Valorização dos Recursos Endógenos.
A decisão foi aprovada pelo executivo por maioria, com a abstenção de Sérgio Costa, na segunda-feira. O espaço, onde já está um pavilhão, foi adquirido a um privado e vai acolher uma associação de produtores e agricultores do concelho cuja missão é comercializar os produtos agrícolas locais. «A ideia é concentrar esta tarefa num espaço único, onde será feita a calibragem, embalamento e armazenamento dos produtos que serão postos à venda no mercado regional e nacional com ganhos substanciais para os agricultores», lembrou o presidente do município. Carlos Chaves Monteiro adiantou que a solução de comprar um lote da PLIE com pavilhão já construído a um privado permitiu «ganhar tempo e poupar no projeto, porque imóvel tem as condições necessárias para acolher o Centro». Será apenas necessário adquirir câmaras frigoríficas e linhas de calibragem e embalamento.
«Ganhámos mais de um ano no desenvolvimento deste projeto, que espero que esteja a funcionar em abril ou maio do próximo ano com alguns produtos», afirmou o edil guardense. O Centro de Valorização dos Recursos Endógenos está a ser desenvolvido em parceria com a AgroGuarda, uma cooperativa de produtores do concelho, mas o modelo de negócio deverá ser alargado a outros parceiros. A autarquia já garantiu um apoio de 50 mil euros para aquisição do equipamento e candidatou o projeto a outras linhas de financiamento. O assunto mereceu um reparo do vereador do PSD sem pelouros, que quis saber porque é que a Câmara «se imiscuiu num negócio de terceiros» por haver um empresário da cidade interessado no lote. Sérgio Costa pediu que o assunto fosse retirado da ordem de trabalhos para «o cabal esclarecimento» do casos, mas o mesmo não foi aceite.