O Museu do Côa escolheu a arte contemporânea de António Faria e Sobral Centeno para iniciar as comemorações dos dez anos da sua abertura ao público. As duas exposições de desenho e pintura foram inauguradas no sábado.
“O Desenho, força que nasce do silêncio”, de António Faria, tem curadoria de Emília Ferreira, diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, e resulta de uma parceria da Fundação Côa Parque com aquela instituição. Estão patentes obras recentes sobre papel de grandes dimensões e muita cor. Já “O Douro à tua frente”, de Sobral Centeno, está no Museu do Côa no âmbito de uma parceria com a Fundação Museu do Douro, e é «um hino, uma homenagem às gentes durienses, aos seus lugares de memória» e aos tempos da infância do artista. As duas mostras estão patentes até 31 de julho. As comemorações da primeira década do Museu do Côa, inaugurado a 30 de julho de 2010, vão prosseguir até ao final do ano e contarão com inúmeras atividades musicais e artísticas. Entre elas está uma retrospetiva do escultor português João Cutileiro, numa pareceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA).
Outra das iniciativas previstas é uma homenagem a António Guterres, atual secretário-geral da ONU, marcada para 30 de julho. Na ocasião o grande auditório do Museu do Côa será batizado com o nome do antigo primeiro-ministro, que foi decisivo na preservação das gravuras rupestres. Bruno Navarro adianta ser «muito provável» que o homenageado venha a Vila Nova de Foz Côa nesse dia. «Esperemos que não haja imprevistos relacionados com a sua agenda», ressalvou o presidente da Côa Parque. Entretanto, o museu é um forte candidato aos prémios anuais da Associação Portuguesa de Museologia, concorrendo a cinco categorias, entre as quais a de melhor museu de 2019, devido à atualização e modernização dos seus conteúdos.