As contas de 2019 da Câmara da Guarda foram aprovadas por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do PS, na reunião do executivo desta segunda-feira – a primeira presencial desde o início da pandemia da Covid-19.
Cristina Correia justificou o voto contra por considerar que o aumento das receitas do município, através do IMI, das taxas e tarifas, não se traduziu em obra: «A autarquia cobra cada vez mais impostos aos guardenses, aumenta as despesas e não executa obra», criticou a vereadora socialista, para quem o relatório do ano transato «comprova um trajeto de degradação» das contas.
Visão diferente apresentou o presidente da Câmara, que destacou a amortização de 2,2 milhões de euros da dívida, que era de 17 milhões de euros no final de 2019, e as taxas de execução «na ordem dos 80 a 90 por cento». Para Carlos Chaves Monteiro, ao votar contra as contas do ano anterior, «o PS está, mais uma vez, fora da realidade e mente aos guardenses com argumentos que são um ultraje à gestão da autarquia».
A sessão ficou também marcada pelo relatório dos técnicos da Câmara às obras realizadas pela empresa Transportes Guardenses, na Rua do Repouso, na Guarda-Gare, e cujas conclusões levaram ao embargo dos trabalhos.