O Governo espanhol esclareceu esta quinta-feira que a abertura das fronteiras à «mobilidade internacional segura» terá lugar a partir de 1 de julho e não a 22 de junho, como tinha indicado a ministra do Turismo esta manhã.
A mudança de posição de Madrid acontece depois do Governo português ter pedido esclarecimentos e manifestado estar «surpreendido» com as declarações de Reyes Maroto. «Em conformidade com o princípio da progressividade, e tendo em conta os compromissos anunciados de reabertura do turismo internacional, a mobilidade internacional segura terá lugar a partir de 1 de julho», esclareceu depois o Executivo de Pedro Sánchez.
A nota acrescenta que, a partir do final do estado de emergência, à meia-noite de 20 de junho, o que se restabelece será «a mobilidade dentro do território nacional» espanhol. No que respeita à mobilidade externa, o Governo do país vizinho recorda que já tinha sido estabelecido anteriormente que os controlos nas fronteiras internas terrestres, aéreas e marítimas «poderão prorrogar-se para além do estado de emergência».
E reitera que está em «contacto permanente» com a Comissão Europeia e os Estados-membros para «coordenar e harmonizar a eliminação progressiva das restrições aos controlos nas fronteiras intraeuropeias». Ao final da manhã desta quinta-feira, o Governo português disse-se «surpreendido» com as declarações da ministra espanhola, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a declarar que «quem decide sobre a abertura da fronteira portuguesa é naturalmente Portugal, e Portugal quer fazê-lo em coordenação estreita com o único Estado com o qual tem uma fronteira terrestre, Espanha».