A Câmara Municipal da Guarda pretende alargar o procedimento de testes ao covid-19 estabelecido pelo Governo, e testar o maior número de pessoas nas Instituições de Solidariedade Social e Estabelecimento Prisional do concelho.
Em declarações prestadas ontem à Rádio Altitude, o presidente do município, Carlos Chaves Monteiro afirmou que está «há mais de duas semanas em diálogo» com um laboratório da cidade da Guarda, «no sentido de concertar aqui uma metodologia com vista a fazer rastreio» do novo coronavírus. A ideia é captar a «colaboração» da Direção Regional de Saúde do Centro, de forma a comparticipar a «realização de testes com a zaragatoa», com o custo de 120 euros.
Apesar disso, e tendo em conta que este tipo de testes estão também sujeitos a limitações de quantidade, a autarquia está também a negociar com um laboratório inglês outro tipo de testes, de valor mais baixo. «É um contacto que também fizemos e que também transmitimos no âmbito da Comunidade Intermunicipal», disse o autarca à referida rádio.
«Pelo valor de quinze euros, permite-nos conseguir fazer mais testes às pessoas, fazer a monitorização permanente quer das IPSS quer do Estabelecimento Prisional», acrescentou.
Carlos Chaves Monteiro explicou que para que esta medida seja concretizada é necessário existir uma «coordenação e uma colaboração» com o Governo, de forma a perceber o que vai o Poder Central fazer e quantas pessoas pretende testar. O edil informou ainda que já enviou informação técnica sobre os testes do laboratório inglês à secretaria de estado, para «demonstrar a fidedignidade» dos mesmos.
O objetivo da ação sugerida pela autarquia ao Governo é «conseguirmos dar a maior abrangência possível a setores da população que têm um risco mais elevado de ficarem com esta doença» e assim prevenir efeitos mais dramáticos no concelho e região.