Um estudante de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior (UBI) desenvolveu um dispositivo de assistência respiratória não invasivo que pode ajudar os doentes na fase inicial da evolução da Covid-19.
Lucas Barbosa, estudante brasileiro de mestrado integrado, adianta que o aparelho pode ser construídos por qualquer pessoa e, para tal, elaborou um guia para ajudar a montar as peças que quer divulgar a todos os interessados, ressalvando que não pretende recolher qualquer dividendo desta iniciativa, apenas «ajudar a ultrapassar a pandemia mundial». Segundo a UBI, as vantagens deste dispositivo são «o baixo custo – aproximadamente 20 euros, sendo o maior investimento na compra do kit respiratório (máscara e tubo -, e poder ser construído a partir de materiais reciclados, desde que adequadamente esterilizados, como garrafões de água PET, ventiladores (usados na refrigeração de computadores), discos de algodão, fita adesiva, álcool, entre outros materiais».
A universidade sublinha que este aparelho não é um ventilador, mas «uma unidade que pode ser usada por doentes com leve falta de ar, funcionando como um inalador». Atualmente, Lucas Barbosa já está a trabalhar no desenvolvimento de um Respirador de Ventilação Invasiva. «Tenho a noção de que isto não vai salvar vidas. O objetivo é auxiliar quem esteja com falta de ar e não possa investir noutros dispositivos que tenham essa função», refere o estudante, que na conclusão do projeto contou com o aconselhamento técnico de Juliana Sá, médica interna do Hospital Universitário Cova da Beira.