Política

Sérgio Costa garante que não deixará «de estar onde sempre estive»

Escrito por Jornal O Interior

Vereador do PSD na Câmara da Guarda afirma que «decisão unilateral» de retirada de pelouros interrompeu a sua «ação política em prol da Guarda», mas garante que essa sua «missão não terminou» e continuará «acima de quaisquer interesses pessoais ou político-partidários»

«Nunca deixarei de estar onde sempre estive», garante Sérgio Costa, que, na terça-feira, cessou funções de vereador a tempo inteiro e de vice-presidente da Câmara da Guarda na sequência da retirada de pelouros e da confiança política por parte do presidente Carlos Chaves Monteiro, na semana passada.
Nesse dia, o agora vereador sem pelouros – que vai regressar à empresa Águas do Vale do Tejo como engenheiro – reagiu oficialmente à decisão num comunicado extenso enviado a O INTERIOR, onde reitera que soube da sua “destituição” pela comunicação social local e por um email com o despacho do autarca. «Na semana passada fiquei a saber, não através de qualquer debate interno, mas por decisão unilateral de quem tem poderes legais para isso, que a minha ação política devia ser interrompida na forma em que vinha a desenvolvê-la em prol da Guarda», escreve Sérgio Costa, antes de elencar perto de duas dezenas de projetos, dos Passadiços do Mondego à Variante dos 5 F’s, passando pelo Centro de Exposições Transfronteiriço, pela melhoria das redes de abastecimento de água e saneamento nas freguesias ou pela requalificação da rede viária da cidade e freguesias. «Mas cá continuarei com a mesma dedicação, competência e lealdade com a Guarda no desempenho das minhas funções e sempre a pugnar pelo projeto político iniciado em 2013 e reforçado em 2017», garante o vereador social democrata.
Sérgio Costa acrescenta que «em todas essas ações continuarei a dar o meu melhor, na certeza de que os guardenses devem lembrar que foi este projeto político ambicioso que devolveu o orgulho e autoestima» à Guarda. E acrescenta que, «quaisquer que sejam as circunstâncias políticas do momento», esse trabalho e esses projetos não podem parar. «Foi sempre em nome de tudo isto que trabalhei como vereador a tempo inteiro e mais recentemente também como vice-presidente da Câmara, funções que agora me foram retiradas», prossegue o vereador, que se diz «determinado» a servir a Guarda nesta nova fase da sua vida política. A «minha missão também não acabou», afirma, dizendo que colocará a Guarda «acima de quaisquer interesses pessoais ou político-partidários» e esse será o princípio que norteará «toda a política» a partir de agora. «Nunca o meu lugar de vereador», sublinha Sérgio Costa, reiterando que a sua «convicção» mantem-se «inabalável» em relação ao desenvolvimento da cidade, do concelho e das suas freguesias.
Carlos Chaves Monteiro vai assumir, interinamente, os pelouros do Urbanismo, Proteção Civil Municipal, Florestas e Higiene e Segurança Veterinária, até então da responsabilidade de Sérgio Costa, sendo previsível que venham a ser redistribuídos pelos restantes três eleitos do PSD, Victor Amaral, Lucília Monteiro e Cecília Amaro. Sérgio Costa passa a vereador sem pelouros na maioria PSD no executivo guardense, uma alteração que será formalizada na próxima reunião de Câmara, entretanto adiada por tempo indeterminado devido à pandemia do Covid-19.

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