Depois de tanta confusão, de tantas datas adiadas na colocação de docentes, tanto stress e tantas preocupações eis que surge uma alegria no meio desta vergonha nacional: A hora do almoço na escola do Rochoso.
É com alegria e boa disposição que quatro docentes do 1º ciclo, angustiadas, inseguras e stressadas sobre a sua situação profissional, se reúnem com as suas marmitas recheadas de “suculentos, saborosos” e variados almoços e conversam sobre a situação deprimente e actual dos docentes. É no meio de risadas “sofridas” que tentam ultrapassar o problema e vão recordando o tempo de “antigamente” talvez… a seguir ao 25 de Abril onde tinham que se deslocar quilómetros e quilómetros de marmita na sacola, aqueciam os seus “belos e suculentos almoços” na braseira da escola ou ao sol do peitoril da janela. No meio destas risadas aperceberam-se que seria muito bom que esse sol, tão longínquo e esquecido, brilhasse e aquecesse o coração dos professores e estes começassem a acreditar que têm pela frente um futuro estável, promissor e gratificante e que se tivessem que trocar um prato de porcelana e um copo de cristal por uma marmita e uma garrafa de plástico o fizessem com estabilidade, confiança, calma, tranquilidade e amor.
Será que é pedir muito?
Matilde Reinas, Guarda
