Figueira Castelo Rodrigo integrou mais uma vez a rota da música de dança com o Festival “Paradise Dream”. Durante a noite de sábado e na madrugada de domingo, todos os caminhos da música foram dar à Quinta da Serra, situada a três quilómetros de Figueira, um espaço natural que atraiu cerca de mil pessoas provenientes dos mais variados pontos do país e até de Espanha. Nesta sexta edição, a surpresa do festival foi protagonizada pelo Dj Cabá, que provou no interior do país por que é considerado uma jovem promessa a nível nacional. De resto a música foi ainda assegurada por outros Dj`s, como Joanna Pinho, Nice, Pedro Scotch e a um Live-act com o Projecto ALIAS.
«Foi a melhor edição de sempre», sublinha com muito agrado Carlos Condesso, um dos jovens figueirenses promotores do evento, aludindo tanto ao número de participantes como à qualidade da música destilada. A festa decorreu «sem incidentes» e esteve sempre «muita animada» com os ritmos “tecnho”, “house” e “djiing” criados pelos animadores de serviço, conta o promotor. A edição deste ano do “Paradise Dream” registou, até às quatro da madrugada, cerca de 730 entradas pagantes, mas depois a organização decidiu «abrir as portas» e acredita, por isso, que tenham participado na festa cerca de um milhar de dançantes. «O espaço estava cheio, os dois pavilhões e as esplanadas estavam recheadas de música e pessoas», descreve Carlos Condesso. O festival começou com a actuação de Dj Nice, seguido de Joanna Pinho, mas atingiu o auge com o set de Dj Cabá, que «deixou em delírio o público presente», sublinha. Tanto assim que a festa continuou a bom ritmo com Pedro Scotch e o projecto ALIAS após o nascer do sol, numa mistura interessante e frenética de sonoridades “house” progressivo, “djing”, “house” com influências tribais ou “deep house” progressivo.
Dadas as proporções que o evento já assumiu, a organização considera que chegou o momento de, «num futuro muito próximo, repensar a festa, ou mesmo parar por aqui», refere o promotor, uma vez que o “Paradise Dream” «já é uma estrutura bastante pesada e com muitos custos só para dois jovens». É que Carlos Condesso e Carlos Ferro Júnior têm que suportar anualmente todos os custos e montagem do evento, que em 2004 «rondou os dez mil euros», adianta o primeiro, para quem seria mais fácil ultrapassar estas dificuldades se houvesse mais apoios do concelho. «Caso contrário, o “Paradise Dream” está em risco no futuro e pode mesmo ficar pelo caminho no próximo ano», avisa. O objectivo deste evento passa pela divulgação de música de dança e do concelho. E isso foi alcançado, já que o festival levou o nome de Figueira Castelo Rodrigo a todo o país, «como o comprova a vinda de pessoas de Lisboa, Porto, Coimbra ou Pinhal Novo», conta Carlos Condesso. Apesar das inúmeras festas do género no país, esta é «única» pela paisagem, qualidade da música e condições disponibilizadas aos participantes, dando como exemplo a vasta área privada para estacionamento com capacidade para cerca de mil viaturas.