O antigo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, participou no sábado na sessão comemorativa do 56º aniversário do Centro Cultural da Guarda, que decorreu no auditório do Paço da Cultura.
O embaixador de carreira fez o elogio da Guarda «como lugar de poesia» e destacou o dinamismo da instituição e o seu contributo pela promoção da cultura num interior que viveu «uma extraordinária mudança» nestas últimas décadas. «Houve desenvolvimento socioeconómico, mas também alterações no espírito e cultura das pessoas, que têm hoje mais capacidade de fazer», disse Luís Filipe Castro Mendes. A sessão ficou marcada pelo desafio lançado por Álvaro Guerreiro, presidente da Assembleia-Geral do Centro Cultural, que sugeriu a criação de «um espaço de reflexão, de tertúlia e debate» sobre a cidade, bem como a atribuição de um prémio para teses de mestrado realizadas no Instituto Politécnico local sobre os fenómenos culturais da Guarda.
Os reptos foram aceites pelo presidente da direção, segundo o qual a coletividade «obriga-se a aceitar desafios». Na sua intervenção, Albino Bárbara sublinhou que, «provavelmente na Beira Interior, e não só, não há uma associação com a dimensão que tem neste momento o Centro Cultural», que dispõe de grupos corais e de música popular, de um rancho folclórico e leciona aulas de música e ballet. O dirigente acrescentou «a missão» da atual direção é fazer com que a instituição seja «cada vez maior», mas lembrou que é com «muito sacrifício que construímos o seu dia a dia». Por isso, Albino Bárbara alertou que «sozinhos não vamos lá, necessitamos dos apoios das instituições da terra, da Câmara e do Ministério da Cultura». Um apelo ouvido pelo vice-presidente do município, que garantiu que a autarquia quer «sedimentar o que se faz bem através das associações». Carlos Chaves Monteiro adiantou que o objetivo é criar «novas dinâmicas» porque a Guarda alcançou «um patamar na Cultura como nenhuma outra cidade no interior» e está a preparar a candidatura a Capital Europeia da Cultura.
Centro Cultural vai ser espaço de reflexão sobre a Guarda
Coletividade assinalou o 56º aniversário na presença do antigo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes