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Juíza decreta prisão preventiva para antigos membros do governo da Catalunha

A juíza da Audiência Nacional, Carmen Lamela, aceitou o pedido da procuradoria espanhola e decretou a prisão sem direito a fiança para oito dos nove ex-membros do governo catalão que ouviu esta manhã.

Só Santi Vila, que se demitiu 24 horas antes da declaração unilateral de independência da Catalunha, pode evitar a prisão com o pagamento de uma fiança de 50 mil euros. Será detido até que o valor seja depositado.

Entre os que terão que aguardar a continuação do processo na prisão está o ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras. Todos estão acusados de rebelião, sedição e peculato na organização do referendo de 1 de outubro (ilegalizado pelo Tribunal Constitucional) e consequente declaração unilateral de independência.

A juíza alega que havia risco de continuarem a cometer o crime se ficassem em liberdade, assim como de destruição de provas. Também fala do perigo de fuga dado o alto poder de compra dos arguidos e o facto de o ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, e outros quatro ex-membros do governo catalão, terem deixado o país. Falta saber se a juíza emite, como pede a procuradoria, um mandato de detenção europeu contra eles.

«A ação dos arguidos foi meditada e perfeitamente preparada e organizada, reiterando durante mais de dois anos no incumprimento sistemático das resoluções do Tribunal Constitucional em prol da independência», escreveu no auto a magistrada.

Os ex-membros do governo ficarão detidos na prisão de Soto del Real (os homens) e Alcalá-Meco (as mulheres), na província de Madrid. Na primeira já estão detidos os líderes das organizações independentistas Assembleia Nacional Catalã, Jordi Sànchez, e Òmnium Cultural, Jordi Cuixart. Estas organizações já convocaram manifestações para as 19 horas (18 horas em Lisboa), diante do Parlamento catalão e nas principais praças das cidades da Catalunha.

Além de Junqueras, serão detidos o ex-conseller (membro do governo catalão) Raül Romeva (Assuntos Internacionais), Jordi Turull (Presidência), Meritxell Borrás (Governação), Josep Rull (Território), Carles Mundó (Justiça), Joaquim Forn (Interior) e Dolors Bassa (Trabalho).

Comentários dos nossos leitores
L.Botas l.botas@hotmail.com
Comentário:
Sou a favor da independência da Catalunha. É estranho que aqueles países que se declararam contra a independência sejam os mesmos que fomentaram a destruição da Jugoslávia com as consequências que daí advieram, ajudaram a criar estados fantoches como o Kosovo onde imperam bandos de traficantes e ladrões e impediram logo após a derrota do nazismo que os fascistas espanhóis e portugueses fossem varridos do mapa. A Democracia dessa gente é um encanto, ou como alguém disse, é um circo comandado a partir da gaiola dos macacos.
 

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