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Santana Lopes e Rui Rio contam apoios na Guarda

Antigo primeiro-ministro jantou com apoiantes em Pinhel na segunda-feira, ex-presidente da Câmara do Porto promove sessão no NERGA no domingo

Pedro Santana Lopes escolheu Pinhel para a sua primeira ação de campanha nas eleições para a liderança do PSD. Na terra do seu mandatário distrital, Rui Ventura, o ex-provedor da Misericórdia de Lisboa jantou na segunda-feira com cerca de meia centena de apoiantes de diversas concelhias do distrito.

A presença de Fernando Andrade, um dos vice-presidentes da Distrital, foi das mais notadas, a par de Ângela Guerra, deputada na Assembleia da República, de Ana Manso, antiga dirigente social-democrata e ex-deputada, de António José Machado, recém-eleito presidente da Câmara de Almeida, e de Joaquim Lacerda, antigo Governador Civil. Outros apoiantes de destaque presentes foram os guardenses José Gomes, Júlio Santos, Isabel Bandurra e Baltazar Lopes, bem como António Antunes, líder dos TSD/Guarda, Fernando Lopes (Mêda), Tomás Martins (Trancoso) e Luís Soares (Manteigas). Também o presidente do NERGA Pedro Tavares participou no jantar. Em declarações a O INTERIOR, o candidato começou por lamentar que Rui Rio tenha recusado participar em debates distritais e sublinhou que o seu objetivo é «a mobilização, com ou sem debates, para que os militantes escolham em função das propostas e características de cada um e não por motivos menores ou secundários».

Santana Lopes acrescentou que uma das suas máximas de ação é estar «junto dos territórios mais desfavorecidos e que precisam de mais apoio», como é o caso do interior. «A Guarda, que tem tido tempos de progresso nalguns casos, é um distrito que tem de ser símbolo de uma aposta grande numa política de coesão territorial, económica e social» como «elemento chave» para o crescimento económico de Portugal, afirmou o ex-líder do PSD. «Se na União Europeia nos batemos – e temos que nos bater cada vez mais – pela coesão económica e social, dentro de Portugal temos que fazer o mesmo», considerou. O antigo primeiro-ministro recordou ainda que na sua passagem pelo Governo procurou «dar muitos sinais disso mesmo ao espalhar departamentos estatais por todo o país, além de outras medidas». Uma opção que vai repetir se for eleito líder do PSD, «e depois em 2019: «Essa será uma marca primeira da governação que espero levar a cabo. É uma questão de convicção», disse.

O candidato desvalorizou o apoio da comissão política distrital da Guarda a Rui Rio, afirmando que «não é por os presidentes das distritais tomarem uma posição que o distrito vai todo atrás e ainda bem, mas é preciso trabalhar». Por sua vez, o mandatário distrital considerou Santana Lopes «um histórico do PSD, alguém que sente verdadeiramente o partido, que precisa de voltar à sua essência, que é o PPD-PSD». Para Rui Ventura, ele é também «o líder que o partido precisa neste momento para acabar com a frente de esquerda que está no Governo e que temos que combater». Sobre o Rui Rio, o autarca é taxativo: «Tem algumas falhas que considero graves, como ajudar a entregar a segunda maior Câmara do país [Porto] a um independente. Depois, ao reunir primeiro com os “barões” – se os há no PSD – e só depois vir às bases significa que Rui Rio não é um líder das bases», lamentou quem milita há 32 anos no PSD.

Quanto à Distrital, Rui Ventura considera que se «precipitou» ao revelar o apoio a Rui Rio. «A comissão política distrital fala pelos seus membros e por mais ninguém. Há liberdade de voto e no dia 13 de janeiro vai ter que tirar ilações disso», acrescentou o edil, para quem estas eleições não são uma antecâmara para a Distrital. «Não há contagem de armas nem deve haver porque estamos apenas a eleger o presidente do partido», disse Rui Ventura.

Rui Rio domingo na Guarda

Rui Rio vai estar na Guarda, no domingo, numa sessão agendada para o pavilhão do NERGA a partir das 16h30, apurou O INTERIOR. Além do apoio «incondicional» da comissão política distrital, o antigo autarca do Porto tem com ele a grande maioria dos autarcas sociais-democratas do distrito, como Álvaro Amaro (Guarda), Gustavo Duarte (Vila Nova Foz Côa), António Robalo (Sabugal), que é o seu mandatário distrital, ou Carlos Ascensão, recém-eleito em Celorico da Beira. Na Guarda, a concelhia não vai tomar posição, «nem dará indicações», disse a O INTERIOR Luís Aragão. De resto, o presidente da concelhia acrescentou que ainda não decidiu quem vai apoiar. O mesmo acontece com o histórico Jacinto Dias, para quem «ainda é cedo falar sobre isso».

Luis Martins «Não é por os presidentes das distritais tomarem uma posição que o distrito vai todo atrás e ainda bem, mas é preciso trabalhar», disse Santana Lopes

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