Com 56,69 por cento dos votos, António Dias Rochas renovou o mandato à frente da Câmara de Belmonte. Uma vitória que, admite, «já esperava». O resultado ditou no entanto a perda de um vereador, conquistado pela coligação liderada por Amândio Melo.
Em 2013 os socialistas conseguiram quatro vereadores contra apenas um do movimento independente “Pessoas pelo Concelho de Belmonte”. Em 2017 ficam apenas com três, mas António Dias Rocha não considera que a sua liderança saia fragilizada por isso: «Há quatro foi excecional, mas mantemos uma maioria clara, uma vitória na ordem dos 57 por cento», afirmou. Por sua vez, Amândio Melo (coligação “Trabalho, Verdade e Mudança” PPD/PSD/ MPT) alcançou os 31,24 por cento dos votos, elegendo dois vereadores. O candidato já garantiu que vai assumir esse papel, «só queria dar algo mais ao meu concelho, vou assumir um lugar na oposição. Tenho de respeitar a decisão de quem votou». Amândio Melo reiterou ainda que não está na política por razões de interesse pessoal, «ando para dar, não para receber», pelo que «não desistirei de lutar pelo concelho».
António Dias Rocha e Amândio Melo voltam a juntar-se no mesmo executivo, mas desta vez os lugares invertem-se – Dias Rocha na presidência e Amândio Melo na oposição. Uma situação que o socialista já disse não ser um problema, pois «trabalhei oito anos com ele, se quiser trabalhar comigo é bem-vindo. Amândio Melo gosta muito de Belmonte, venha trabalhar comigo se quiser», declarou o autarca. Entretanto para os próximos quatros anos o objetivo definido pelo presidente reeleito é «continuar a tentar promover o concelho e mostrar que vale a pena investir aqui». O bem-estar dos belmontenses será «a nossa preocupação». Há ainda uma outra questão que António Dias Rocha quer priorizar: «Não ganhámos numa mesa de voto na Gaia e essa localidade será uma das minhas primeiras preocupações, vou ouvir por que razão as pessoas não estão satisfeitas», disse.
Em Belmonte a abstenção foi de 37,76 por cento. O novo executivo, que mantém António Dias Rocha na presidência, será composto por António Manuel Rodrigues e Sofia Fernandes (PS) e Amândio Melo e Luís António na oposição. A liderança da Assembleia Municipal também se mantém a cargo de Paulo Borralhinho (PS). Para este órgão os socialistas elegeram nove deputados municipais, a coligação PSD/ MPT tem cinco e a CDU um.