Gustavo Duarte (PSD)
P – Qual é a marca deste mandato?
R- O investimento que foi feito em algumas obras de referência com o Centro de Alto Rendimento do Pocinho, considerado um dos melhores do mundo na sua vertente de canoagem, de remo e de outras modalidades. Também a afirmação de Foz Côa através dos eventos que promovemos, alguns já vinham do anterior mandato, e que têm visto subir o número de visitantes em cada um deles. O Festival do Vinho do Douro Superior, do Cinecôa do Côa Summer Fest. Nos últimos quatro anos foi feita alguma divulgação dos patrimónios mundiais, no sentido de fazer Foz Côa um destino do turismo cultural e da região demarcada do Douro, que hoje está tanto em voga. Todos os indicadores, desde a qualidade de vida, o salário médio nacional, o investimento e exportações, estamos bastante bem posicionados a nível do interior. Foi um mandato bastante positivo para o concelho de Foz Côa.
P – E o seu principal projeto se for reeleito?
R- Temos muitos projetos, bastante interessantes em termos de dinamização económica e de desenvolvimento do turismo. Um deles será o “Foz Côa Story House”, será um edifício que para além de uma unidade hoteleira, com restaurante, tem a particularidade de contar a história do concelho através do vinho, do azeite, da amêndoa, do xisto e que de resto é um projeto que está aprovado, bem como o seu financiamento e que vai valorizar a zona histórica. Temos também garantido o financiamento para o Mercado Municipal, vamos criar um novo evento relacionado com os patrimónios mundiais, com uma temática diferente em cada ano, mas com uma abrangência grande e um museu municipal que seja mesmo uma referência no panorama museológico.
P – Como vai resolver a principal carência do concelho?
R- É a desertificação e a perda de população. Este é o principal desafio e todos estes projetos contribuem para trazer e fixar gente. Já estamos a conseguir alguma coisa, mas queremos à nossa dimensão, aproveitando os recursos endógenos do concelho, trazer investimento. O setor dos vinhos está a criar empregos, a fixar jovens e população.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º Gustavo Duarte
2º João Paulo Sousa
3º Fernando Fachada
4ª Patrícia Carvalho
5ª Sara Garrido
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André Santos (CDU)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – Trata-se de uma gestão essencialmente errática. Este executivo limita-se a gerir uma situação que, já percebemos, aceita como inevitável. Isto é aliás confirmado pelo facto do concelho ser gerido pelo PSD, partido que estava à frente, conjuntamente com o CDS – que apoia a lista UNE, essencialmente constituída por pessoas que transitaram das bancadas municipais do PSD – do Governo que nos levou à situação mais calamitosa que o país já viveu, situação essa que se manifestou de forma particularmente perniciosa em Vila Nova de Foz Côa.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – É a ausência de um plano integrado de desenvolvimento que, contrariamente à política atual de “apagar fogos”, possa intervir sobre os sectores mais pertinentes para o desenvolvimento da região e, consequentemente para travar a desertificação e o envelhecimento da população: o da agricultura, o da cultura, o das redes de comunicação e o dos serviços públicos.
P – E o seu principal projeto?
R – Passa pela implementação de medidas e apoios para os sectores atrás definidos. No que respeita às vias de comunicação vamos pressionar o Governo para a reabertura do ferrovia entre o Pocinho e Barca d’Alva e pela execução do ramal Pocinho-Vila Franca das Naves. Combateremos também a extinção de serviços públicos, a sua municipalização ou a criação de fundações.
Cinco primeiros nomes da lista à Câmara:
1º André Santos
2º Manuel Tavares
3ª Marta Mendes
4º José Pedro Branquinho
5º Luís Manuel Pinto
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Jorge Marçal Liça (PS)
P – Como avalia a gestão da atual maioria?
R – É negativa porque o concelho tem regredido muito nestes últimos anos, com acentuada perda de população e inexistência de uma estratégia para a valorização económica e social de Foz Côa. Falta iniciativa junto do mundo empresarial para a atratividade económica e também de um rumo e quaisquer apoios nesta área, fundamental numa comunidade. Não existiu ambição nem uma estratégia clara durante oito anos. O executivo limitou-se a um funcionamento pelos mínimos e não existem mecanismos de auscultação dos munícipes sobre vários problemas da área social. É a continuação do mesmo desde há 30 anos.
P – Qual é, neste momento, a principal carência do concelho?
R – A maior carência do concelho de Vila Nova de Foz Côa situa-se ao nível de dois sectores que são essenciais para o seu desenvolvimento: uma linha de ação na agroindústria e outra linha de ação no turismo e património cultural. É urgente trabalhar nestes dois sectores conjugados porque constituem o eixo principal para o futuro de Foz Côa.
P – E o seu principal projeto?
R – O principal projeto é atrair pessoas para o concelho e fixá-las através da criação de emprego. Para isso todos os sectores de atividade serão instrumentos ao serviço desta meta. Pretendemos apoiar os sectores de atividade, quer de serviço público, quer de empresas privadas, que permitam fixar jovens famílias no concelho e desenvolver politicas de atração de novos habitantes, desde trabalhadores, emigrantes regressados da nossa diáspora, europeus em situação de reforma, residentes temporários, turistas de longa duração e visitantes etc.
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NR: Os candidatos ausentes deste trabalho não responderam em tempo útil às questões colocados por O INTERIOR.