Os icónicos Jethro Tull são os cabeças-de-cartaz do Gouveia Art Rock, o único festival português dedicado ao rock progressivo que acontece este fim-de-semana no Teatro Cine da “cidade-jardim”, numa organização do município serrano.
O concerto de domingo (21h15) faz parte da digressão comemorativa dos 50 anos de carreira do grupo britânico formado em 1967. Os bilhetes estão esgotados há várias semanas para a única atuação da banda de Ian Anderson em Portugal. Os Jethro Tull marcaram a década de 1970 com as suas músicas concetuais e excêntricas, letras rebuscadas e a inconfundível flauta de Ian Anderson, que até chegava a cantar através daquele instrumento. Temas como “Living In The Past”, “Sweet Dream”, “The Witch’s Promise”, “Nothing Is Easy”, “Sossity, You’re A Woman”, “Cross-Eyed Mary”, “Locomotive Breath”, “Hymn 43” e “Bungle In The Jungle” ainda hoje são considerados hinos do rock progressivo.
Mas há mais para ver e ouvir na 14ª edição do Gouveia Art Rock. Amanhã, os ingleses Gryphon dão um concerto nos Paços do Concelho, que terá entrada livre. No sábado, a partir das 15 horas, atuam no Teatro Cine o grupo italiano Promenade, os Loomings (banda formada por músicos oriundos de França, Itália e Argentina), o inglês Joe Stilgoe e os Gryphon. No domingo, as atividades começam pelas 11 horas na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, com debates sobre música e o festival, dinamizados pelos músicos participantes. A tarde está reservada para os concertos dos suecos Isildurs Bane, dos Ludus Temporum na igreja de São Pedro e dos Jethro Tull. Criado em 2003, o festival não se realizou no ano passado, sendo atualmente uma das referências mundiais da música progressiva. Pelo palco do Teatro-Cine já passaram nomes como Peter Hammill, Robert Fripp, Magma, Amon Düül II, Richard Sinclair, Guy Pratt, Musica Nuda, Univers Zero, Arena, Present, Lars Hollmer ou Miriodor.