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Ânimos exaltados na Assembleia Municipal da Guarda

Acesa troca de acusações entre António Monteirinho (PS) e Luís Aragão (PSD) marcaram sessão de quinta-feira

O socialista António Monteirinho e o social-democrata Luís Aragão desentenderam-se na última Assembleia Municipal (AM) da Guarda, realizada na quinta-feira.

A sessão ia calma quando o primeiro acusou o PSD local de «viver amordaçado» e de ser «uma coutada» do atual executivo liderado por Álvaro Amaro. A crítica não agradou ao líder da bancada social-democrata na AM, que, por sua vez, acusou o socialista de «arruaceiro» e «ordinário». Os ânimos exaltaram-se, mas os dois deputados acabaram por fazer as pazes com um aperto de mão no final da sessão por sugestão de Álvaro Amaro. O incidente acabou por marcar uma sessão onde os deputados aprovaram, por maioria, uma moção de solidariedade para com a população do concelho de Almeida que contesta o encerramento do agência da CGD. Apresentado por Marco Loureiro (BE), o documento sustenta que «o fecho de qualquer serviço público no interior deve ter uma resposta solidária a nível intermunicipal, pois se hoje o “ataque” é feito à população do concelho de Almeida, amanhã poderá certamente ser à Guarda». A moção vai ser enviada à administração da Caixa.

Na quinta-feira, a Assembleia Municipal aprovou o relatório de contas de 2016 do município, segundo o qual, à data de 31 de dezembro, o passivo da autarquia reduziu 43 milhões de euros. O documento passou por maioria, com 55 votos a favor, nove contra e quatro abstenções. Nesta sessão, António Monteirinho (PS) propôs que o município encete as «diligências necessárias» para uma homenagem a Augusto Monteiro Valente, falecido em 2012 e considerado o rosto do 25 de Abril na Guarda. O então capitão estava colocado no Regimento de Infantaria (RI) 12 quando se deu a revolução e teve a responsabilidade de concretizar os planos do Movimento das Forças Armadas (MFA), o que fez com um único tiro para o ar. O socialista lamentou que o major-general natural da Miuzela do Côa (Almeida) nunca teve «a homenagem que merece e a Guarda lhe deve», pelo que sugeriu que a autarquia atribuísse o seu nome a uma rua da cidade ou colocasse um busto no pátio do antigo quartel do RI 12, onde funciona atualmente a direção distrital de Finanças.

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