O Conselho de Ministros vai aprovar hoje a criação de um banco de terras público onde serão integrados os terrenos agrícolas e florestais do Estado e aqueles que não têm dono reconhecido, disse o ministro da Agricultura.
Segundo o “Expresso”, os proprietários de terrenos rústicos terão até final de 2018 para os registar, sem custos, e as terras sem dono reconhecido até então poderão ainda ser reclamadas depois, durante 15 anos. No entanto, essas propriedades sem dono reconhecido integrarão o novo Banco de Terras, que será gerido pela Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, segundo explicou o ministro Capoulas Santos a diversos meios de comunicação social.
A legislação que sairá hoje do Conselho de Ministros, que será enviada à Assembleia da República, prevê que tenham acesso ao banco de terras, no caso de terrenos agrícolas, novos agricultores, «preferentemente jovens agricultores», de acordo com Capoulas Santos.
«No caso dos prédios com vocação florestal», a intenção do Governo é «atribuir a sua gestão a sociedades de gestão florestal», constituídas «nos termos do código comercial», afirmou.
Essas sociedades podem ser constituídas por entidades públicas ou privadas, disse o ministro, que deu o exemplo das câmaras municipais «que quiserem fazer a gestão deste património localizado nos seus municípios».
Haverá benefícios fiscais para estas sociedades, mas também obrigações, como «dispor de planos de gestão florestal» ou de «um sistema de prevenção de incêndios considerado adequado», acrescentou.
De acordo com o “Público” de hoje, os terrenos agrícolas serão concedidos por períodos mínimos de sete anos aos agricultores, que os poderão comprar no final desse tempo. Já os terrenos florestais serão arrendados por 25 anos.