O défice orçamental diminuiu em setembro para 2.924 milhões de euros, de acordo com um comunicado do ministério das Finanças. É uma redução superior a 1.000 milhões de euros face ao saldo registado até agosto (3.989,5 milhões de euros) e de 292 milhões de euros quando comparado com igual período do ano passado, segundo o “Expresso”.
«Esta melhoria continuada ao longo do ano resulta de um aumento de 2,6 por cento da receita, superior em 0,6 pontos percentuais ao crescimento da despesa», explicam as Finanças. E sublinham que este saldo dos primeiros nove meses do ano representa «53,2 por cento do previsto para o ano, quando em 2015 representava 67,7 por cento do défice anual».
A receita fiscal, que foi uma das razões para revisão da meta de défice para o final do ano para 2,4 por cento, cresceu a uma taxa de 0,7 por cento até setembro. Uma recuperação face a agosto mas que representa cerca de um terço do ritmo projetado no Orçamento do Estado para 2016.
No Orçamento do Estado para 2017 e no documento enviado para Bruxelas a explicar a estratégia para atingir um défice de 2,4 por cento este ano, o governo aponta para uma receita fiscal inferior em mais de 600 milhões de euros ao montante estimado originalmente.
A despesa «manteve um crescimento inferior ao previsto no Orçamento do Estado, assegurando os bons resultados em duas prioridades fundamentais da atual política orçamental». Em particular: «Na Administração Central e Segurança Social, as despesas com a aquisição de bens e serviços caíram 1,2 por cento, claramente abaixo do orçamentado, e as despesas com remunerações certas e permanentes cresceram 3,1 por cento».