Nos dez anos que a Galp leva de cotação em Bolsa, a petrolífera distribuiu aos acionistas um valor total acumulado de dividendos da ordem dos 3,5 mil milhões de euros e registou uma valorização das ações da ordem dos 5,8 mil milhões, relativa à subida da cotação, que passou de 5,81 euros por ação em 23 de outubro de 2006 para 12,825 euros em 21 de outubro de 2016.
De acordo com o “Expresso”, a petrolífera portuguesa, que assinala hoje uma década sobre a data de cotação em Bolsa, regista uma capitalização bolsista de 10,6 mil milhões de euros. Neste período, a Galp concretizou um investimento total acumulado de 10 mil milhões, onde se destaca a modernização do aparelho das refinarias de Sines e Matosinhos e o investimento na produção de petróleo.
De 2006 a 2016, a Galp passou de uma produção de petróleo de 5000 barris por dia para os 74 mil barris diários que produziu no terceiro trimestre de 2016.
A internacionalização da Galp aumentou significativamente nesta década, passando de uma presença em sete países (além de Portugal, também Espanha, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Angola e Brasil), para 13 países (Portugal, Espanha, Angola, Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Bissau, Malawi, São Tomé e Principe, Suazilândia, Namíbia e Timor).
A empresa passou de uma gestora de redes de postos de abastecimento centrada numa operação na Península Ibérica, para uma petrolífera diversificada na produção de petróleo e gás natural (com os maiores projetos no Brasil, Angola e Moçambique).
No Brasil, a Galp, através da Petrogal Brasil, tem como parceiros a chinesa Sinopec, que comprou 30 por cento do capital social, pagando um valor total, entre aumentos de capital e empréstimos, de 5,2 mil milhões de dólares. Na semana passada, o presidente-executivo da Galp, Carlos Gomes da Silva, esteve na China para participar na assembleia de acionistas da Petrogal Brasil, organizada pelos chineses da Sinopec.