Falta um ano para as próximas autárquicas, mas as movimentações para a escolha dos cabeças de listas dos principais partidos já começaram. Os socialistas deverão divulgar os seus candidatos até ao final do ano e os sociais-democratas farão o mesmo no início de 2017.
A um ano das próximas autárquicas já há algumas certezas e muitas dúvidas em tornos dos candidatos nos 14 concelhos do distrito da Guarda. Celorico da Beira promete ser um dos municípios mais disputados, enquanto na cidade mais alta falta saber se Álvaro Amaro se recandidata e se haverá lugar para o regresso de Virgílio Bento… na lista do PS. Os socialistas deverão divulgar os seus candidatos até ao final do ano e os sociais-democratas farão o mesmo no início de 2017.
Guarda
Mas vamos por partes. Na Guarda, o PSD continua à espera que Álvaro Amaro, que venceu retumbantemente em 2013, confirme se concorre a um segundo mandato ou vai a votos em Coimbra. Vários dirigentes locais contactados por O INTERIOR acreditam que o autarca deverá recandidatar-se. No entanto, já há alternativas caso assim não seja. São elas Carlos Chaves, número dois de Amaro no município, João Prata ou mesmo Jaconto Dias. O primeiro é o nome que o edil gostaria de ver suceder-lhe como cabeça-de-lista caso não avance na Guarda. O segundo é presidente da Junta de Freguesia da Guarda e um histórico dirigente do PSD no concelho. Além disso, tem a seu favor o facto de, nas eleições de 2013, ter conseguido mais votos na cidade que o próprio Álvaro Amaro. Outra incógnita por enquanto é saber se a coligação PSD/CDS-PP vai repetir-se.
Em 2017 o PS espera recuperar o bastião perdido há três anos e para essa tarefa são apontados nomes como Joaquim Carreira, atual vereador no executivo, o próprio presidente da Federação António Saraiva, que tem sido desafiado a concorrer, ou mesmo Virgílio Bento. O INTERIOR sabe que o antigo vereador e candidato independente nas últimas autárquicas – que não chegou a ir a votos devido a erros nas suas listas nas freguesias – já abordou alguns dirigentes nacionais do partido para intercederem por si. Nesse sentido, uma sondagem está em curso para apurar qual dos putativos candidatos terá mais notoriedade junto do eleitorado guardense.
Celorico da Beira
Com José Monteiro (PS) fora da corrida por ter atingido o limite de mandatos, há muito tempo que os socialistas já escolheram José Albano Marques para candidato. Mas o antigo presidente da Federação guardense pode contar com muitos adversários e uma campanha renhida. Desde logo porque Carlos Ascensão deverá ser o cabeça de lista do PSD e terá como trunfo Maria do Céu Louro, atual vereadora do executivo de José Monteiro. Já António Silva, falhada a tentativa de formar lista em 2013, será candidato pelo CDS-PP e promete fazer mossa entre o eleitorado. Finalmente, também Júlio Santos estará a preparar uma candidatura à Câmara. O antigo autarca eleito sucessivamente pelo PS e pelo MPT, tendo ainda chegado à vereação em 2009 como independente pelo Movimento de Apoio Júlio Santos a Presidente (MAJUSP), está a contar apoios para entrar na luta.
Trancoso
É certo que Amílcar Salvador (PS) se recandidatará a um segundo mandato após conquistar, em 2013, um bastião do PSD. Mas os sociais-democratas esperam voltar à Câmara volvidos quatro anos. «É esse o nosso principal objetivo», admite Eugénio Ferreira, presidente da concelhia laranja. O dirigente e também presidente da Junta de Freguesia de Cótimos adianta que «ainda é cedo para falar em nomes» e que a secção local está «a trabalhar com calma» para escolher o candidato, uma decisão que deverá estar tomada até ao final do ano. «Por enquanto, as Juntas de Freguesia são a nossa prioridade», acrescentou o líder social-democrata. Contudo, O INTERIOR apurou que em cima da mesa das possibilidades estão nomes como o de Rogério Tenreiro, vereador na Câmara, Francisco Coelho, diretor de serviços no município, ou mesmo Cristina Borges, que poderá liderar uma lista independente apoiada pelo PSD. Por sua vez, João Rodrigues, candidato derrotado em 2013, já terá manifestado desinteresse em concorrer novamente. A observar estas movimentações está Júlio Sarmento. O histórico autarca e dirigente do PSD já pode voltar a candidatar-se à Câmara – saiu há três anos por ter atingido (e ultrapassado) o limite de mandatos – e é o preferido entre muitos militantes.
No resto do distrito
Nos restantes concelhos, é certo que a maioria dos atuais presidentes de Câmara vão recandidatar-se. É o caso de Joaquim Bonifácio, independente eleito numa lista apoiada pelo PS e CDS (Aguiar da Beira); Paulo Langrouva (PS) em Figueira de Castelo Rodrigo (o PSD deverá apostar em Carlos Condesso); Manuel Fonseca (PS) em Fornos de Algodres; Luís Tadeu (PSD) em Gouveia; José Manuel Biscaia (PSD) em Manteigas (Esmeraldo Carvalhinho deverá regressar como candidato do PS); Anselmo Sousa (PS) na Mêda (César Figueiredo, que esteve perto de ganhar em 2013, será novamente a aposta do CDS, enquanto o PSD ainda não decidiu quem candidatar); Rui Ventura (PSD) em Pinhel (Agostinho Monteiro volta a ser o nome mais badalado entre os socialistas); António Robalo (PSD) no Sabugal (o independente Alberto Luís Paché é, por enquanto, o único candidato assumido no município raiano); Carlos Filipe Camelo (PS) em Seia; e Gustavo Duarte (PSD) em Vila Nova de Foz Côa. Em Almeida, o social-democrata António Batista Ribeiro, que está a cumprir o terceiro mandato consecutivo e, por isso, não pode concorrer, obriga o PSD a encontrar um novo candidato.
Candidatos na Cova da Beira
Vítor Pereira já está confirmado como recandidato do PS à Câmara da Covilhã. Os seus adversários ainda não são oficialmente conhecidos, mas Pedro Farromba poderá voltar a ser um deles. Carlos Pinto, como independente, e Manuel Frexes (PSD) serão outras hipóteses em cima da mesa.
Em Belmonte, António Dias Rocha poderá ter um adversário vindo do PS. Nada mais que o seu antecessor na Câmara: Amândio Melo. A questão é saber se o antigo autarca concorre sob a sigla socialista ou numa lista social-democrata.
No Fundão, Paulo Fernandes (PSD) vai recandidatar-se, enquanto no PS ainda não há decisões, apenas hipóteses como José Pina, antigo vereador, ou Conceição Martins. Nestes dois concelhos também não será de descartar o surgimento de listas independentes.
Luis Martins
Comentários dos nossos leitores | ||||
---|---|---|---|---|
|
||||