Arquivo

Contas de 2015 aprovadas com voto de qualidade de Vítor Pereira

Covilhã

Os vereadores da Câmara da Covilhã do MAC (Nuno Melo e Paulo Rosa) e da CDU (José Pinto) votaram contra o relatório de contas de 2015, apresentado na passada quinta-feira. Face à ausência de Joaquim Matias (PSD), o presidente Vítor Pereira foi obrigado a usar o seu voto de qualidade para conseguir a aprovação das contas da autarquia.

Numa reunião extraordinária privada, com a análise das contas como ponto único da ordem de trabalhos, não faltaram críticas à gerência por parte da oposição. Falando numa taxa de execução de 76 por cento de um orçamento de 35 milhões de euros, Vítor Pereira salientou que esta era «a maior taxa de execução de sempre». Já Paulo Rosa considerou que este desempenho deveu-se a «um orçamento baixo», tendo acrescentado que a execução orçamental de 2015 foi «muito diferente daquilo que foi a proposta das grandes opções do plano e orçamento apresentado e as contas finais refletem um desvio considerável».

Segundo o vereador do MAC, as dívidas a médio e longo prazo aumentarem «de 53 para 58 milhões», enquanto as dívidas de curto prazo «subiram de 3,6 milhões para 6 milhões, o que é um contrassenso em relação ao que o presidente da Câmara tem dito sobre a diminuição da dívida e a sustentabilidade financeira da autarquia». Por sua vez, José Pinto destacou a «reduzida» taxa de execução em áreas como o ambiente ou a educação. Para o eleito da CDU, «esta Câmara continua ligada a um passado e ainda não conseguiu cortar esse cordão umbilical», pelo que desafiou a maioria relativa do PS a «passar à prática e avançar». Contudo, reconheceu que «a Câmara municipal por vezes não sabe, outras vezes não quer e nalguns casos até admito que nem possa. Infelizmente esta é a realidade».

Vítor Pereira desvalorizou as críticas da oposição. «Eu assisti a duas declarações de voto coincidentes que nos censuram por executarmos bem o orçamento», afirmou aos jornalistas no final da reunião. Para o autarca, é «um absurdo votar contra estas contas», pois «fomos realistas em prever aquilo que íamos gastar e aquilo que os vereadores estão a pedir é para lhes mentirmos para depois termos outro grau de execução».

Sobre o autor

Leave a Reply