Pela Avenida Cidade de Salamanca foram passando, ao longo da tarde de terça-feira, dezenas de guardenses que se mostravam desagradados com a decisão de abater 40 cedros, que há mais de 50 anos fazem parte deste portal de entrada na cidade mais alta.
Uns mais tímidos que outos, houve quem prometesse não arredar de pé de forma a travar o que consideram ser um «atentado». «Não vamos deixar mais nenhuma árvore cair», diziam. Houve até quem levasse cartazes com a frase «Terrorismo ecológico não é paisagismo». Muitos foram os que passaram de carro e buzinaram em protesto e outros com palavras de apoio. Já Isidro Capelo, um dos manifestantes, lamentou que esta medida não tenha sido posta à discussão dos guardenses, «tal como a requalificação da Rua do Comércio». Na sua opinião, «trata-se de uma questão de interesse público». Quanto à colocação de novas árvores, além do tempo que demoram a crescer, os populares perguntavam que benefícios trazem folhas de árvore caduca. «As despesas com a limpeza da rua vão aumentar», garantem.