A Câmara da Covilhã pretende criar uma rede de bicicletas elétricas que deverá contribuir para melhorar a mobilidade e acessibilidades da cidade, ajudando a vencer «a difícil orografia» serrana.
«Esse é um dos projetos importantes, porque será uma forma de combater a nossa difícil orografia, de melhorar a mobilidade na cidade e de reduzir a dependência automóvel», disse o presidente Vítor Pereira, na conferência “Da Mobilidade à Acessibilidade: os transportes nas cidades portuguesas em 2030”, que decorreu na quinta-feira na Covilhã. O evento contou com a presença de alguns dos maiores especialistas nacionais do sector e o autarca anfitrião aproveitou para apresentar as linhas mestras do Plano de Mobilidade Urbana da Covilhã, no âmbito do qual foram construídos funiculares, elevadores urbanos e pontes pedonais. Na sua intervenção, Vítor Pereira defendeu também «a imediata concretização do IC6 (Covilhã/Coimbra)» e o arranque em definitivo da ligação ferroviária da cidade à linha da Beira Alta, através da Guarda via conclusão da modernização da linha da Beira Baixa. «Sem estas infraestruturas não poderemos discutir seriamente um plano de futuro para as acessibilidades regionais», sublinhou Vítor Pereira.
Nesta conferência foi novamente sublinhado que a existência de um aeroporto regional é um dos projetos que a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) considera «estruturante» e «essencial» para o desenvolvimento da região. «Tudo faremos para aumentar a mobilidade, mas no sentido de trazer pessoas e não no de levá-las de cá para fora, porque se não conseguirmos trazer pessoas para este território e não começarmos a inverter a desertificação, então falar de mobilidade nem sequer fará sentido», afirmou António Ruas, secretário executivo da CIM.+