“A Guarda em Vergílio Ferreira” é o título da exposição de fotografia que pode ser vista na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), na Guarda, até ao final do mês.
Inaugurada na passada terça-feira, a mostra é composta por imagens captadas por Luísa Ferreira e Arménio Bernardo, no âmbito do projeto “Um (e)terno olhar” concretizado por ocasião da inauguração da BMEL, e ilustram as referências à Guarda na obra do romancista. A evocação de Vergílio Ferreira (1916-1996), cujo centenário do nascimento se comemora este mês, prossegue no sábado com uma viagem literária a Melo, a sua terra natal, e a Gouveia conduzida por António José Dias de Almeida. A partida da biblioteca está marcada para as 9 horas. Vergílio Ferreira foi um dos maiores romancistas portugueses do século XX. Literariamente começou por ser neorrealista (anos 40), com “Vagão Jota”, “Mudança”, entre outros. Mas, a partir da publicação de “Manhã Submersa” e, sobretudo, de “Aparição”, o escritor adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas do século passado.