A comemorar 40 anos de carreira, a Brigada Victor Jara, um dos mais conceituados e respeitados projetos de música popular/tradicional portuguesa, atua sábado à noite (21h30) no TMG.
O concerto, simbolicamente intitulado “Ó Brigada”, vai revisitar o vastíssimo repertório do grupo fundado em 1975, após o 25 de Abril, em Coimbra, recordando temas antigos e canções mais recentes, algumas com meses. Os concertos e a sua discografia, integralmente reeditada no ano passado na caixa “Ó Brigada”, refletem a diversidade regional do cancioneiro português e os ambientes sonoros que banda – que tem o nome do cantor chileno morto pelos militares após o golpe de Pinochet, em 1973 – vem acrescentando à música em Portugal. Há canções mais ritmadas do norte, belas harmonias do Alentejo e até influências do estrangeiro trazidas por emigrantes de lugares tão contrastantes como o Norte de África e a Escócia. Atualmente, a Brigada Victor Jara é considerada por muitos como o grupo de referência da nova música tradicional, tendo introduzido novos instrumentos e novos arranjos criativos a temas de raiz popular.
Por isso, o projeto assume-se como «memória afetiva e proposta inovadora», mas é, sobretudo, «um lugar de transformação das vivências musicais rústicas do povo português». A banda é constituída por Arnaldo Carvalho (percussão), Aurélio Malva (viola, viola braguesa, bandolim, gaita-de-foles e voz solo), Catarina Moura (voz), José Tovim (viola baixo), Joaquim Teles – Quiné – (bateria), Luís Garção Nunes (viola, viola beiroa, cavaquinho), Manuel Rocha (violino e bandolim), Miguel Moita (piano e sintetizador), Rui Curto (acordeão e concertina) e António Pinto (guitarras).