A requalificação do Palácio Ducal, datado do século XVIII, vai ser candidatada aos fundos comunitários, anunciou o presidente do município de Trancoso,
O edifício foi comprado no ano passado pela Câmara, por 350 mil euros, para ser recuperado e funcionar como espaço de arte e de negócios. O investimento previsto é de cerca de 1,5 milhões de euros, montante que a autarquia espera ver comparticipado pelo Portugal 2020. «Aguardamos agora por uma candidatura de forma que, muito em breve, possamos ter, de facto, ali um espaço digno», afirma Amílcar Salvador, lembrando que o imóvel é «um ex-líbris de Trancoso». O autarca considera que, após a sua recuperação, o solar será «vital para a cidade, para o comércio, e vai dar uma vida enorme, uma dinâmica muito maior a Trancoso». Nesse sentido, o imóvel vai acolher no primeiro andar espaços museológicos dedicados às Bodas Reais de Dom Dinis e Isabel de Aragão, à Batalha de Trancoso (travada em 29 de maio de 1385 entre portugueses e castelhanos), ao sapateiro-profeta Bandarra, à obra da pintora Eduarda Lapa e ao espólio da professora e investigadora Emília Tracana.
O edifício poderá ter também salas de reuniões, um auditório, espaços comerciais ou uma estalagem. «Vamos lançar o procedimento para a elaboração do projeto e depois veremos», disse Amílcar Salvador. Atualmente está em fase de finalização a demolição do telhado do antigo Palácio Ducal, justificada por razões de segurança, bem como os trabalhos de consolidação das paredes e remoção de entulho, entre outras obras, numa intervenção orçada em cerca de 27 mil euros.