O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse sexta-feira, na Guarda, que é preciso que o novo Governo liderado por António Costa «mostre aquilo que vale», mas alertou que o seu partido estará pronto «para qualquer eventualidade».
«Agora, é preciso que o novo Governo governe e mostre aquilo que vale e beneficie de condições de estabilidade. Que não haja nenhuma desculpa», afirmou Passos Coelho, que presidiu às cerimónias oficiais dos 35 anos da morte do antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e na sessão de abertura da Academia do Poder Local, organizada na cidade mais alta pelo PSD e pelos Autarcas Social-Democratas. O ex-primeiro-ministro reafirmou que as «reivindicações por eleições [legislativas] terminaram no dia em que o PS se recusou a devolver a palavra ao povo e em respeitar a decisão e a escolha que o povo teve nas eleições». Passos Coelho desejou ainda que o país «precise o mais tarde possível» de novas eleições legislativas, mas deixou claro que o seu partido estará pronto para «qualquer eventualidade» que possa surgir.
Na mesma sessão, o presidente dos Autarcas Social-Democratas (ASD) e da Câmara da Guarda disse que, se o fundador do PSD Francisco Sá Carneiro fosse vivo, diria que o legado político “está a ser bem seguido”, mas “não compreenderia” o novo Governo liderado por António Costa. Álvaro Amaro observou que o Governo «é constitucional», foi «aprovado na Assembleia da República» e tem «plenos poderes», mas, na sua opinião, «não tem a legitimidade política».
