Uma candidata excluída no concurso público aberto pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda para a contratação de dois técnicos superiores para a área de auditoria, no início deste ano, interpôs uma ação de impugnação do procedimento no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco.
Em junho passado, o caso já tinha motivado uma reação da concelhia do PS da Guarda, cujo presidente João Pedro Borges se disse «preocupado» com as reclamações apresentadas por candidatos preteridos no referido concurso. «Parece-nos que há ali alguma ligação política dos escolhidos aos partidos do poder e a informação que temos é que dois candidatos que se sentem lesados poderão recorrer à justiça», afirmou o dirigente na altura. Cinco meses depois, segundo o “Jornal de Notícias” da passada segunda-feira, uma candidata preterida decidiu recorrer à justiça porque foi classificada em terceiro lugar, logo excluída, quando era «a única com licenciatura em contabilidade e auditoria e mestrado em gestão no ramo da administração pública». Na ação de impugnação foram citados como contrainteressados os dois concorrentes escolhidos – uma licenciada em fisioterapia e mestre em gestão especializada de unidades de saúde, primeira classificada, e um licenciado em gestão de recursos humanos.
Contudo, ambos tinham sido excluídos num concurso anterior por não cumprirem os requisitos do procedimento, tendo sido aberto um segundo concurso cujos critérios de seleção passaram a ser «a titularidade de licenciatura em contabilidade, auditoria, gestão, economia e mestrado em gestão e auditoria». Em declarações ao JN, o presidente do conselho de administração da ULS garantiu que «entraram os dois melhores» e que a primeira classificada é também detentora de uma pós-graduação em administração hospitalar.