O aumento das listas de espera para cirurgias na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, cujo tempo de espera atinge quase quatro meses, e a avaria do aparelho de ressonância magnética, que custou mais de um milhão de euros e nunca foi utilizado – casos noticiados por O INTERIOR –, são «o reflexo da falta de meios técnicos e humanos» que afetam os serviços de saúde no distrito da Guarda, acusa o PCP.
A Direção da Organização Regional da Guarda (DORG) do PCP considera que «por mais que se queira “vender” a ideia de que de precisamos racionalizar recursos e de distribuir valências entre os hospitais da região – ULS Guarda, ULS Castelo Branco, CH Cova da Beira –, a verdade é que estes exemplos comprovam que existem necessidades no distrito que continuam sem ser respondidas, e que os recursos e meios do serviços de saúde podem e devem ser ajustados». Para os comunistas, este ajustamento «não poderá ser no sentido de supressão, encerramento e perda, mas sim do reforço da capacidade de resposta às necessidades das populações do distrito, fortemente marcado pela realidade do envelhecimento, do isolamento e interioridade e da cada vez mais escassa, difícil e onerosa mobilidade».
A DORG reitera que o PCP vai continuar a questionar o Governo sobre esta matéria na Assembleia da República, «desde logo a revogação da famosa portaria que relega os hospitais do interior para patamar inferior e com a bitola de concentração de valências e encerramento de outras», mas também sobre a falta de médicos, de enfermeiros e de equipamentos nas unidades da região.