O Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) foi apresentado aos deputados da Assembleia Intermunicipal, que decorreu em Seia na passada sexta-feira.
O documento, que ainda se «encontra em aberto», recebeu sugestões e críticas por parte dos representantes dos 15 municípios que compõem a CIMBSE. Os eleitos também ficaram a saber que mais importantes que o Plano Estratégico serão os planos de ação, integrados na ITI (Investimento Territorial Integrado), pelo que será determinante haver mais contributos de empresas, universidades, politécnicos, associações empresariais, forças políticas e mesmo dos habitantes desta região formada entre os distritos da Guarda e Castelo Branco. As cinco áreas principais deste plano são Inovação, Internacionalização e atração de investimento produtivo; Turismo e agroindustrial; Logística mobilidade e serviços básicos; capital humano e modernização administrativa e Saúde, Terceiro sector e desenvolvimento social.
Mário Jorge Branquinho, presidente da Assembleia da CIMBSE, considera que o Plano Estratégico «enquadra genericamente um bom ponto de partida para a definição e concretização de uma estratégia de desenvolvimento intermunicipal». Contudo, o também deputado municipal eleito pelo PS em Seia entende que o documento «carece ainda de grande desenvolvimento no que se refere ao aprofundamento de alguns dos projetos âncora e de uma boa parte dos projetos base». Sugeriu, por isso, que se dinamize um processo participativo abrangente para enriquecer um plano que «ainda não repercute o potencial de intervenção que a nossa região precisa e merece». E anunciou que a Assembleia estará disponível para promover «os fóruns que forem necessários» para essa aproximação às chamadas forças vivas dos municípios.
Pela sua parte, Mário Jorge Branquinho deixou alguns contributos, nomeadamente a valorização do aeródromo da Serra da Estrela (Pinhanços), a requalificação do planalto da Torre e a melhoria dos mecanismos de limpeza de neve nos acessos à serra, mas também a requalificação da área envolvente ao Vale do Rossim e um plano de programação cultural para os 15 concelhos da CIM e não apenas para o eixo Guarda-Fundão. O presidente da Assembleia diz serem decisivos para a CIM a criação de uma agência de promoção da região e a construção dos Itinerários Complementares 6, 7 e 37. «Para mim e para outros dos presentes na sessão, a questão dos túneis foi considerada absurda e só possível num país de fantasia, quando atravessamos a maior crise financeira de que há memória», sublinha Mário Jorge Branquinho. Nesta Assembleia, os eleitos aprovaram por unanimidade o quadro de pessoal e o regulamento interno da CIM, bem como a nomeação de António José Miraldes para chefe do Gabinete de Planeamento Estratégico, Assessoria Técnica e Projetos da CIM. Já o Plano de Atividades e Orçamento da Comunidade Intermunicipal para 2015 passou por maioria, com 35 votos a favor e uma abstenção.
Luis Martins
Comentários dos nossos leitores | ||||
---|---|---|---|---|
|
||||