Último balanço do surto de “legionella” aponta para sete óbitos, 291 casos e 49 doentes internados em unidades de cuidados intensivos.
Em comunicado enviado às redações ao início da tarde, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) confirma 27 novos casos, num total de 291, «verificando-se assim uma tendência de diminuição de novos casos que acompanha a evolução dos últimos dias». Dos 291 casos, 49 encontram-se internados em unidades de cuidados intensivos.
Dos sete óbitos registados até ao momento, cinco ocorreram no Hospital de Vila Franca de Xira e dois no Centro Hospitalar Lisboa Norte. O comunicado da ARSLVT refere ainda que, neste momento, nove doentes já tiveram alta clínica dos hospitais onde se encontravam internados. O diretor-geral de Saúde, Francisco George, reconhece esta manhã, no Fórum TSF, que, apesar de haver agora mais certezas sobre o foco da infeção, ainda é «precipitado afirmar que todos os focos do surto de “legionella” estão assinalados», mas garantiu que «as fontes que já foram identificadas estão seladas».
Francisco George referiu ainda, em relação às medidas de prevenção, que «vão sendo aliviadas», uma vez que a rede de água pública foi sendo limpa, e mostrou-se otimista quanto à desaceleração da epidemia. «Há uma percentagem que vai sendo menor todos os dias. Apesar de haver casos novos eles são menos do que na véspera».
Há doentes internados em vários locais do país e dois doentes que viajaram para Angola e Peru. Já há doentes e familiares que querem avançar com queixas em tribunal na sequência deste surto. Conforme noticia hoje o “DN”, o passo será dado caso se prove a responsabilidade de empresas na libertação de partículas para o meio ambiente.
A “legionella”, bactéria que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detetada na sexta-feira no concelho de Vila Franca de Xira. Todos os casos, de acordo com a DGS, «têm ligação epidemiológica ao surto que decorre em Vila Franca de Xira».