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Jerónimo de Sousa diz que é preciso «verdadeira alternativa» a PS e PSD

Líder do PCP participou na sessão de encerramento da VIIIª Assembleia da Organização Regional da Guarda no domingo, em Seia

Jerónimo de Sousa atribui às políticas dos últimos governos a responsabilidade pelo crescimento do desemprego no distrito da Guarda e considera que as medidas de austeridade «aprofundaram as desigualdades regionais e inquietantes processos de desertificação, de declínio social e económico».

O líder comunista esteve em Seia no passado domingo para participar no encerramento da VIIIª Assembleia da Organização Regional da Guarda do PCP, onde sublinhou que os últimos anos têm sido marcados por «um conjunto de políticas que se traduziu no aumento desmedido do desemprego, que, neste distrito, mais que triplicou no período que mediou entre as duas Assembleias, e na continuação do definhamento dos seus principais setores produtivos, nomeadamente a indústria têxtil e a agricultura». Neste caso, o secretário-geral do PCP contestou a obrigatoriedade dos pequenos produtores se coletarem nas Finanças, uma medida que contribui para «expulsar milhares de pequenos agricultores da atividade». Também não poupou críticas a Assunção Cristas dizendo que o Ministério da Agricultura está transformado numa «imensa máquina de propaganda», considerando-o mesmo «uma espécie de procurador dos grandes interesses do agronegócio». Jerónimo de Sousa falou ainda no «caos» que se vive na Educação, na Saúde e na Justiça.

Em termos de política nacional, o dirigente adiantou que o PCP não fará acordos com o PS «para prosseguir a política de direita», tendo sublinhado que «o atual PS, que se apresenta a dar ares de viragem à esquerda e a colocar o contador das responsabilidades a zero», não tem nada de novo a dizer sobre questões «vitais para a concretização de uma política alternativa». Segundo Jerónimo de Sousa, «isso está cada mais claro nos silêncios, nas indefinições, nos adiamentos, nas tomadas de posição concretas sobre os problemas do país, nas exigências de uma falaciosa unidade da esquerda assente na política do cheque em branco». Na sua intervenção, o líder comunista disse que o país precisa «urgentemente de uma política patriótica e de esquerda», que assuma nas suas opções fundamentais «a defesa e o aumento da produção nacional e a recuperação para o controlo público de empresas e setores estratégicos e colocá-los ao serviço do país».

Jerónimo de Sousa contesta a obrigatoriedade dos pequenos agricultores se coletarem nas Finanças

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