Decorreu no passado domingo, nas instalações do Mercado de Gado de Trancoso, a 1ª Mostra/Exposição de Gado da cidade, que juntou criadores pecuários dos concelhos de Mêda e Trancoso.
A mostra, que envolveu gado ovino, bovino e caprino, teve a adesão de dezenas de criadores dos dois concelhos que exibiram os seus animais no certame e foi visitada por centenas de pessoas que reviveram parte da antiga tradição da Feira trancosense de São Bartolomeu, que no passado foi a mais importante feira de gado da região. Nela compareciam e transacionavam animais gentes de toda a Beira Interior e Trás-os-Montes, afirmando-a como o principal centro regional do comércio de gado. A importância desta feira no mercado pecuário era continuada nos mercados semanais da localidade, facto que levou à construção do Mercado de Gado de Trancoso.
Várias circunstâncias vieram, contudo, a fazer decair o número de transações de animais neste local. De acordo com o município, «nos últimos anos, o comércio pecuário em Trancoso veio diminuindo drasticamente, de tal modo que as instalações do Mercado de Gado se encontravam mesmo encerradas e em adiantado estado de degradação».
O novo executivo da Câmara de Trancoso, que definiu como eixo prioritário do desenvolvimento concelhio a revitalização das atividades agrícolas, pecuárias e silvícolas, procedeu, com recurso aos seus meios próprios, à reparação do edifício do Mercado de Gado e organizou esta 1ª Mostra/Exposição como forma de dinamizar a exploração pecuária, através da troca de experiências entre os diversos criadores. Outro objetivo é o de «chamar a atenção para a importância regional de que se reveste a revitalização das trocas comerciais de gado, procurando situar de novo o mercado de Trancoso no mapa dos grandes eventos ganadeiros do país». O presidente da Câmara, Amílcar Salvador, congratulou-se com a tão grande adesão dos criadores à iniciativa e prometeu que a autarquia prosseguiria a sua ação, assumindo um papel de parceiro ativo junto de todos os agricultores, procurando apoiar e dinamizar as atividades agrícolas, pecuárias e silvícolas, porque serão estas atividades que «permitirão combater a emigração, evitar a desertificação e alavancar o desenvolvimento do concelho noutras áreas, como o comércio ou o turismo».