Foi no dia 1 de setembro de 1889 que morreu, na Foz do Douro (Porto), António Manuel Bernardo da Costa Cabral. Tinha nascido em Fornos de Algodres (Guarda), a 9 de maio de 1803.
Concluiu, em 1823, o curso de Direito, dedicando-se à advocacia. Exilou-se em 1828, após a “Belfastada”, e foi um dos “Bravos do Mindelo”. Procurador régio na Relação do Porto e deputado eleito em 1836. Teve a pasta da Justiça em 1839. Foi um dos chefes do movimento revolucionário constitucionalista de 1842. Ministro do Reino até 1846, introduziu benéficas reformas em 1842, como a publicação do Novo Código Administrativo, a reorganização da Guarda Nacional e a reforma das câmaras municipais, além de ter promovido obras de fomento.
A revolução da Maria da Fonte levou-o ao exílio. Regressou para ser Presidente do Concelho, de 1849 a 1851, mas o movimento da Regeneração obrigou-o a deixar o governo. Foi ministro de Portugal em Madrid e no Rio de Janeiro e embaixador junto à Santa Sé, onde teve ação relevante, tendo regressado a Portugal em 1889. Grão-mestre da Maçonaria desde 1841, recebeu, em 1845, o título de conde de Tomar.
Por: Américo Brito