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Sondagem decide entre Álvaro Amaro e Manuel Rodrigues

Comissão Política Nacional do PSD quer clarificar o assunto perante a indefinição que reina na Guarda

A escolha do candidato do PSD à Câmara da Guarda tem mais um capítulo, mas ainda não um nome. Ao contrário do que estava anunciado, não foi a Comissão Política Distrital (CPD) a tomar a decisão. O cabeça-de-lista vai agora ser sufragado numa nova sondagem imposta pela Comissão Política Nacional (CPN), tal como noticiou O INTERIOR em dezembro.

Os inquiridos neste estudo de opinião serão apenas confrontados com dois nomes: Álvaro Amaro e Manuel Rodrigues. O primeiro é o candidato da tendência dominante na Distrital e de quem se esperava uma decisão até à passada segunda-feira – dia em que devia reunir a CPD, o que não aconteceu devido a um impedimento de última hora de Júlio Sarmento, o líder da Distrital. O segundo continua a ser o candidato aprovado por unanimidade na concelhia guardense, embora tenha entretanto anunciado a sua indisponibilidade para concorrer perante indecisão da Distrital. A sondagem deverá também permitir aferir das possibilidades dos dois sociais-democratas face ao adversário socialista, o advogado José Igreja, e identificar ainda junto dos inquiridos quais serão as principais preocupações dos guardenses. Com os resultados, o PSD espera ter elementos fiáveis para escolher o candidato certo para ganhar uma autarquia socialista desde o 25 de abril.

Mas este caminho também pode significar que o autarca de Gouveia não estará muito interessado em concorrer na Guarda. «Se Álvaro Amaro quisesse ser, o candidato já tinha sido anunciado», refere um dirigente social-democrata, para quem a sondagem é uma solução de recurso para «clarificar de uma vez por todas o assunto, já que os órgãos próprios não o conseguiram fazer desde novembro». Resta saber se os eleitores vão cobrar esta indefinição que dura há meses e só tem contribuído para revelar cada vez mais a existência de duas tendências claras e antagónicas no PSD local. Mas sobretudo qual será o papel dos apoiantes do candidato “preterido” na próxima campanha autárquica.

Luis Martins

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