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Escola de S. Miguel apresenta queixa no Ministério Público

Diretor do Agrupamento quer esclarecer se há, ou não, problemas relacionados com prostituição e pedofilia

O Agrupamento de Escolas de S. Miguel, na Guarda, apresentou queixa no Ministério Público, contra desconhecidos, por difamação e injúrias. Em causa está a carta anónima enviada aos jornais da cidade dando conta de problemas de vária ordem – droga, prostituição e pedofilia – junto e dentro da Escola Preparatória e Secundária de S. Miguel.

O diretor do Agrupamento de Escolas considera que, «em abono da verdade, é bom que se esclareça o assunto: para se produzir o desmentido que, cremos ser o caminho, ou para tratar convenientemente os problemas, se, de facto, existirem». David Gonçalves refere que «o flagelo droga está entre os mais preocupantes, quando os estupefacientes circulam um pouco por todo o lado e os jovens têm uma apetência natural pela descoberta e experimentação». Por isso, «pensar que é possível acabar com este problema social é, em nosso entender, pretensioso e utópico, pensar que não é possível combatê-lo e refreá-lo seria irresponsabilidade», reforça em carta enviada a O INTERIOR. O professor salienta que o Agrupamento «não é alheio a este problema, nem tão pouco queremos fazer passar a ideia de que somos imunes e muito menos virar-lhe as costas. Conhecemos o problema e temo-lo encarado frontal e arduamente».

Nesse sentido, assegura que, «em estreita colaboração» com as autoridades policiais e com as instituições vocacionadas para o apoio aos jovens, a Escola tem «encaminhado os casos, de forma a receberem o tratamento e apoios considerados mais ajustados». David Gonçalves garante ainda que este tem sido «um procedimento reiterado» desde o início do ano letivo, mas confessa o seu «absoluto desconhecimento» quanto à alegada venda de droga no recinto escolar e nas aulas, assim como a outros «gravíssimos problemas como prostituição e pedofilia». Reitera, por isso, que «se tivéssemos qualquer conhecimento de causa teríamos sido os primeiros a fazer o alerta e a encaminhar o assunto para quem de direito». O responsável critica ainda os jornais pelas suas «“parangonas”» sobre o caso, considerando que, «ao invés de ajudar a resolver o que quer que seja, só podem contribuir para gerar confusão, apreensão e constituirão o melhor alerta para prevenir e ajudar os prevaricadores, caso houvesse fundamento, o que duvidamos».

«A haver suspeitas com um mínimo de fundamento, quem quer que as tenha, se se tratar de uma personalidade bem formada, honesta e vertical, deve delas dar conhecimento a quem possa agir, caso contrário incorrerá certamente numa atitude de passividade, negligência e incúria», acusa, questionando-se por que «só se levantam agora, desta forma alarmista e despropositada, problemas que existem há meses».

Professor critica os jornais pelas suas «“parangonas”» sobre o caso

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