Em cima da mesa desta reunião esteve também a organização da rede de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico do concelho. A este respeito, Virgílio Bento referiu que «há a intenção do Ministério da Educação de encerrar todas as escolas com menos de 21 alunos». Neste critério enquadram-se estabelecimentos de ensino em Maçainhas, Videmonte, Pera do Moço, Rochoso, Castanheira, Rapoula, Cubo, Carvalheira, Vila Fernando e Famalicão. Por isso, o município elaborou «um parecer no sentido de propor à Direção Regional de Educação do Centro o não encerramento destas escolas, baseado na impossibilidade real de garantir o aumento da rede dos transportes escolares, a inexistência de condições de funcionamento nos eventuais estabelecimentos de acolhimento, alguns dos quais não têm possibilidade de fornecer refeições suficientes, e a necessidade de reformular os agrupamentos e a sua atual constituição, para que se ajustem à realidade educativa do concelho».
Para esta reformulação, os responsáveis camarários pedem que o encerramento seja adiado pelo menos por «mais um ano». Virgílio Bento sublinhou que as escolas em questão «têm mais de 10 alunos, o que se traduz em mais de duas centenas de crianças, pelo que deve haver aqui alguma ponderação». O parecer mereceu a concordância dos sociais-democratas, que consideram «válidos» os argumentos apresentados pelo executivo, sublinhando que «é imperativo reformular os agrupamentos, pois o encerramento de escolas e posterior distribuição dos alunos, tal como está planeado, carece de lógica e critério geográfico», declarou Ana Fonseca. «Há que fazer as coisas com cuidado, e não de forma repentina, pois estamos a lidar com pessoas e não com números, e o que interessa acima de tudo é assegurar a qualidade pedagógica e o bem-estar das crianças envolvidas», concluiu a vereadora.