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Animação de Natal na Guarda trouxe «gente de todo o país»

Gestor da Agência de Promoção da cidade faz balanço «positivo» da iniciativa, mas opinião dos comerciantes não é consensual

A iniciativa de animação de Natal levada a cabo pela Agência de Promoção da Guarda na Praça Velha da cidade foi coroada de êxito, isto de acordo com a opinião do gestor urbano da APGUR. Já entre os comerciantes da zona histórica, nem todos partilham da mesma posição.

António Saraiva sustenta que, «tendo em conta a época de crise em que vivemos e os condicionalismos impostos», o balanço da animação de natal é «bastante positivo». O gestor da APGUR considera que foram conseguidos dois objetivos: «Trazer gente à cidade de todo o país e dar uma animação e vida diferente ao centro urbano, de modo a que também os comércios pudessem usufruir de algo mais e criar motivos para as pessoas se deslocarem até lá e ao comércio local aí existente», assegura. Questionado sobre se o “feed-back” dos comerciantes vai no mesmo sentido, o responsável indica que «numa maioria sim» e que, embora haja «situações a corrigir», «para o ano iniciativa igual, parecida ou de outro tipo são todas bem-vindas e que continuaremos a contar com o comércio tradicional da cidade». António Saraiva adianta que para 2012 «vamos tentar inovar também e criar algo de diferente», sendo que «ainda poderá correr melhor e não só por questões próprias da agência, mas também em termos da parceria em que a APGUR estava integrada com a autarquia e outras entidades da cidade».

António Saraiva acredita que «com certeza que esse esforço e a organização irá ainda funcionar melhor e conseguiremos criar outro tipo de iniciativas e algo ainda mais apelativo para a cidade». Uma das comerciantes que ficou satisfeita com a animação natalícia foi Leonor Santiago, proprietária de um café nas arcadas, segundo a qual houve «bastante mais pessoas, pelo menos aqui na Praça Velha, nos dias em que esteve bom tempo e havia sol». «Houve muita criança com os pais e muita gente visitou isto sem ser da cidade. Tive aqui clientes que vieram de fora por mera curiosidade para vir conhecer a “bola”», refere, revelando que o negócio no estabelecimento «também esteve um bocadinho melhor». Daí que, no seu entender, a campanha foi «muito positiva e prefiro esta animação do que ter luzes na cidade. Acho que as pessoas se divertem mais», sublinha. Posição diferente tem Fernando Godinho, proprietário de uma papelaria na Rua Francisco de Passos, para quem a animação na Praça Velha foi «muito fraca», o que se ficou a dever «naturalmente» a haver pouco dinheiro.

«Eu concordo que não se façam as coisas quando não há dinheiro. Estarmos a endividar a Câmara para pôr aqui uma coisa luxuosa não vale a pena», considera, confessando que o negócio foi «fraco». «Para o comércio retalhista foi muito mau. Já aqui estou há 44 anos e estou convencido que foi o ano pior», diz. Já Vítor Reis, sócio da Casa Espigado, localizada na Rua da Torre, sublinha que a animação na Praça Velha «trouxe gente para a rua», nomeadamente «pais com os filhos e algumas crianças que ajudaram a dinamizar o globo». Contudo, no que toca ao comércio, «não vi relação animação versus clientes e aqui no meu estabelecimento não notei que houvesse mais clientes em função da animação». De resto, mostra-se mais defensor da iluminação de natal: «Concordo que há contenções, mas em função dos valores elevados que se falam, penso que se optassem pela iluminação natalícia a cidade ficava mais bonita e mais alegre. A Guarda já é fria no clima e sem a iluminação de natal ainda se torna mais fria», completa.

Ricardo Cordeiro No final da semana passada gastavam-se os últimos “cartuchos” da animação de natal na Praça Velha

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        todo o país»

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