Para falar das minhas leituras, terei que recuar ao tempo da minha infância. A leitura sempre foi para mim algo mágico. Mesmo antes de saber ler já folheava revistas aos quadradinhos, construindo as histórias na minha cabeça e sempre que conseguia encontrar alguém paciente pedia-lhe que me lesse as histórias. Admirava por isso quem já sabia ler e tinha uma vontade louca de entrar na escola para conseguir entender o significado daquelas letrinhas enigmáticas. Aprender a ler foi para mim uma libertação, assim não dependia mais de ninguém, para entrar naqueles mundos, tão fantásticos, onde, com o auxílio dos livros e da minha imaginação, conseguia ir onde queria.
Então a leitura começou a ocupar um lugar muito especial nos meus passatempos, prolongando-se até aos dias de hoje. Ao longo destes anos, lembro com saudades os serões, que passava junto da minha mãe e avó, lendo os romances de Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco, Fernando Namora e outros. No fim de cada leitura costumava trocar algumas ideias sobre as histórias com a minha mãe e avó. Hoje, raramente partilho opinião sobre aquilo que leio, apenas o faço se alguma obra me impressionou deveras, tal como aconteceu com “Miguel Strogoff” de Júlio Verne.
Continuo no entanto, a gostar de ler um bom romance, poesias, contos, livros históricos, educativos e de religião. Apesar de também já me ter acontecido começar a ler uma obra e não conseguir chegar ao fim, como foi o caso do romance de Jose Saramago “Memorial do Convento”, pois não gostei da maneira como ele escreve.
Mas, de todos os livros, aquele que eu prefiro é a Bíblia: é ela que sempre me acompanha. É nela que eu busco as respostas, que acalmo as dúvidas…
Lídia Rebocho
Assistente Operacional