O espectáculo de rua “Nusquam”, do Teatro do Mar, abre amanhã à noite o Acto Seguinte – Festival de Teatro da Guarda, evento que marca o arranque da nova temporada do TMG. A Praça Velha serve a partir das 22 horas de palco para “Nusquam”, uma peça que cruza o teatro com o circo e as artes visuais. O festival, a decorrer até 9 de Outubro, tem nove propostas teatrais em cartaz, com destaque para “Jerusalém”, uma ópera de câmara encenada por Luís Miguel Cintra.
“Jerusalém” está no grande auditório do TMG no dia 11 deste mês e tem música de uma dos mais novos compositores nacionais, Vasco Mendonça. Com libreto de Gonçalo M. Tavares e direcção musical de Cesário Costa, o espectáculo é uma produção da DuplaCena, em co-produção com a Culturgest e a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em “Jerusalém”, há solidão, esquizofrenia e loucura, numa história contada a seis vozes.
Outros dos destaques do festival são “Menina Else”, do Teatro Cornucópia (3 de Outubro), com texto de Arthur Schnitzler e encenação de Christine Laurent, e “Na(s)cer Cansado”, uma produção do TMG e Junta de Castilla y Léon. Esta peça, um espectáculo em português e castelhano, é apresentada no festival em estreia absoluta e vai estar em cena durante três dias (17, 18 e 19 deste mês), no pequeno auditório. Os ensaios de “Na(s)cer Cansado”, que envolve actores portugueses e espanhóis, decorreram, de resto, no TMG, em Agosto, sendo que o espectáculo será posteriormente apresentado no país vizinho.
Antes, já este sábado, há para ver mais uma estreia em Portugal: “Tocata y Fuga (Em Fu Renol)”, pelo colectivo espanhol Zanguango Teatro. A peça, uma comédia negra, conta a história de um grupo de reclusos que é escolhido para um recital de canções, numa espécie de castigo. O espectáculo, dirigido por Miguel Muñoz, é uma fusão entre teatro, dança, música ao vivo e marionetas. Ainda este mês, sobem ao palco “Dias Felizes”, pelo CENDREV, e “O contrabaixo”, da companhia portuense “Visões Úteis”, nos dias 25 e 30, respectivamente.
O festival tem ainda em cartaz uma terceira participação espanhola, protagonizada pelo grupo Rayuela Producciones Teatrales, que se apresenta a 8 de Outubro no pequeno auditório com “Viaje al Centro de la Terra”, um trabalho baseado na obra de Júlio Verne. Trata-se de mais uma estreia nacional. “Eurovision” marca o encerramento do certame, um dia depois, pelo Teatro Praga, um grupo de actores que dispensa encenador e promete confrontar o público com várias questões sobre a Europa e a existência ou não de uma identidade comum.
Apesar do primeiro espectáculo do Acto Seguinte acontecer em plena Praça Velha, todas as restantes peças previstas no festival decorrem no TMG, dividindo-se pelos dois auditórios e ainda pelo café concerto. Os preços dos bilhetes variam entre os 4 e os 10 euros, com excepção de “Nusquam”, que é de entrada livre.
