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António Dionísio quer ganhar Câmara do Sabugal para o PS

Socialistas trouxeram secretário de Estado da Saúde, que garantiu a manutenção do actual horário do Centro de Saúde

António Dionísio, mais conhecido por Toni, é o candidato do PS à Câmara do Sabugal nas próximas autárquicas. Em clima de festa, centenas de militantes, simpatizantes e curiosos foram à apresentação da sua candidatura, sábado à noite, no salão da Junta de Freguesia da cidade. Citou-se “O Infante”, de Fernando Pessoa, e Manuel Alegre (“Da tua vida” e “O livreiro da esperança”), mas também se ouviu Manuel Pizarro, secretário de Estado da Saúde e suplente da Comissão Política Nacional do PS, garantir que o Centro de Saúde local vai continuar a funcionar no actual horário.

É o primeiro candidato a entrar em acção no distrito, num município cujo actual presidente, Manuel Rito, eleito pelo PSD, não se vai recandidatar. Natural do Sabugal, onde é chefe da Divisão de Finanças – função que vai abandonar por incompatibilidade «o mais depressa possível» –, o candidato concorre como «independente, mas simpatizante» do PS. No seu discurso elencou nove «desafios fundamentais», a começar pela definição de «um projecto de cidade, vila e aldeia» com «um novo modelo de governação local», assente na «negociação, parceria, contrato, excelência, transparência e simplificação da gestão municipal». António Dionísio pretende também «construir um território sustentável» – aos níveis da energia, ambiente, água, ordenamento do território e biodiversidade – cujo desenvolvimento passe pelo Côa. Um rio que constitui uma das principais marcas de um concelho onde o candidato espera manter os seus habitantes e cativar novos moradores. «Este é, sem dúvida, o maior desafio que temos pela frente», sublinhou.

No plano económico, António Dionísio pretende apostar nos produtos endógenos (nomeadamente com um Plano Agro-Florestal), na silvo-pastorícia associada à transformação agro-industrial, na inovação, no turismo (com a criação de um Plano de Desenvolvimento Turístico estratégico), na formação profissional e em incentivos à fixação de empresas. Neste particular, defendeu a criação de Áreas de Localização Empresarial e de infraestruturas físicas adequadas, mas também uma «simplificação burocrática». Além disto, António Dionísio promete «”vender” o município a turistas e empreendedores. Na sua intervenção não houve qualquer alusão ao actual executivo, uma tarefa entregue a José Albano: «Há que apoiar o Toni. Há que dizer com justiça o que o Sabugal tem perdido. E o Sabugal tem perdido tudo», sintetizou o presidente da Federação socialista.

Aos jornalistas, António Dionísio escusou-se a revelar, por enquanto, os nomes que vão integrar a sua equipa, mas reiterou que tudo o que disse no seu discurso «faz falta ao Sabugal», acrescentando que na Câmara raiana «as coisas são feitas em cima do joelho e sem programação». Depois do Sabugal, o PS vai anunciar os seus candidatos em Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo no início do mês de Janeiro, findo o qual José Albano espera ter apresentado «a maior parte das candidaturas».

Manuel Pizarro garante Centro de Saúde

No sábado, Manuel Pizarro trouxe aos sabugalenses uma das notícias mais esperadas da noite. Reagindo à possibilidade do horário do Centro de Saúde local ser alterado, o secretário de Estado da Saúde foi explícito: «Não vai haver alterações no horário de funcionamento», afirmou. O governante explicou depois que a discussão dos horários dos serviços de saúde pode acontecer, «mas só quando houver condições e alternativas, o que não é o caso no Sabugal», sublinhou.

Igor de Sousa Costa

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