A minha irmã foi para a universidade.
Durante as candidaturas pensava: “Que bom, vou ver-me livre da minha irmã, vamos deixar de discutir para ver quem fica com o computador ou a televisão”. Na verdade, na maior parte dos casos fazíamos sempre a mesma escolha, o que não corria bem porque no computador só podia estar uma e na televisão nunca queríamos ver os mesmos programas. E por mais que eu quisesse quem ganhava sempre estas disputas era a minha irmã. O que eu queria era vê-la bem longe de mim.
No entanto, agora que ela se foi embora sinto que não é bem assim. Agora sei que apesar de todas as confusões ela me faz falta. No início nem foi muito difícil: ela vinha todos os fins-de-semana, quase nem dava para ter saudades e, além disso, nos anos anteriores durante a semana nós não passávamos muito tempo juntas devido ao preenchido horário que ambas tínhamos.
O pior foi depois, quando ela passou a ficar lá alguns fins-de-semana. Com duas semanas seguidas sem ver a minha maninha, aí sim, eu senti a falta dela, não só daqueles momentos em que ela era querida comigo, mas também das nossas frequentes disputas.
Dou um conselho a todos os jovens que têm irmãos que vão para a universidade: aproveitem bem o tempo que ainda falta porque depois vão sentir muito a falta deles.
Rita Rodrigues (7º B)
EXPRESSÃO, Março 08