O encontro entre o Vila Cortês do Mondego e o Sporting da Mêda do último domingo foi Impróprio para cardíacos. Os visitantes estiveram a vencer por 3-0 aos 50’, mas apenas asseguraram a vitória a dois minutos do final do tempo regulamentar.
Numa partida repleta de emoções fortes, o triunfo em Vila Cortês do Mondego permitia à equipa de Filipe Martins liderar o Distrital, o que chegou a acontecer durante alguns momentos. Contudo, o golo do Fornos, já em tempo de compensação, deixou a classificação como estava. A formação medense entrou “a todo o gás” nesta partida. Aos 2’, Rebelo fez um cruzamento/remate que acertou na trave da baliza de Cláudio, que ainda desviou para fora. Na sequência, Rogério inaugurou o marcador num canto directo, beneficiando da ajuda do vento. Um minuto depois, Gato cruzou na perfeição para Paulo João, em excelente posição, cabecear por cima. Passados dois minutos, o Vila Cortês conseguiu chegar à área contrária pela primeira vez, com Xano a rematar com perigo após um canto. Este lance foi um caso isolado, porque, aos 10’, Rebelo voltou a acertar na barra, desta vez de livre directo. O segundo golo chegou aos 23’, numa abertura de Gato para Paulo João.
No entanto, o avançado partiu de posição duvidosa e fez um “chapéu” de aba larga a Cláudio, que tinha saído da baliza. Aos poucos, o Vila Cortês foi sacudindo a pressão e, aos 25’, Hugo, em boa posição na pequena área, atirou muito torto. Na segunda metade, o primeiro lance de perigo ocorreu aos 47’, quando Xano atirou ao poste da baliza de Carlitos. Mas, passados dois minutos, Paulo João ganhou um lance a Sary, voltou a isolar-se perante o desamparado Cláudio, que nada pôde fazer para evitar o 0-3. Pouco depois foi a equipa da casa que marcou, por Xano. Aos 53’, na sequência de um livre, o avançado subiu mais alto que toda a gente e cabeceou com êxito, aproveitando um desentendimento entre Carlitos e Soares. Este golo teve o condão de “despertar” o Vila Cortês e, aos 55’, foi Paulo Monteiro quem disparou uma “bomba” de fora da área para espectacular defesa de Carlitos, que evitou que a bola entrasse no ângulo superior esquerdo.
Os medenses estavam desorientados com a reacção dos locais e pior ficaram quando, aos 60’, João Santos teve tempo para receber e ajeitar a bola, antes de rematar para o fundo das redes. Tirando partido das reduzidas dimensões do seu pelado e das falhas de marcação da defesa da Mêda, Paulo Monteiro, de cabeça, restabeleceu a igualdade aos 73’, respondendo da melhor forma a um livre de Xano. Nos últimos 10 minutos, os visitantes voltaram a assumir o domínio da partida, numa altura em que os homens da casa aproveitavam para “queimar” tempo. Aos 86’, Rebelo, de livre, voltou a estar perto do golo, mas Cláudio evitou o quarto por instinto. O “xeque-mate” aconteceu aos 88’, numa jogada de insistência de Gaspar, que, na linha, arrancou um cruzamento rasteiro para Paulo João consumar o seu “hat-trick”. O golo motivou muitos protestos dos locais, que alegaram que Gilberto – deitado no chão no momento do golo – terá sido vítima de agressão por um adversário. Num jogo nada fácil de dirigir, Renato Gonçalves acabou por efectuar um trabalho positivo.
Ricardo Cordeiro