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Adrenalina ao máximo nas ruas da Guarda

Prova de “downhill” urbano atraiu cerca de um milhar de pessoas no último sábado

Cláudio Loureiro, actual campeão nacional, foi o grande vencedor da primeira edição do “downhill” urbano da Guarda que, no último sábado, atraiu cerca de um milhar de pessoas. A competição foi discutida “taco a taco”, pois Emanuel Pombo ficou a escassos 204 milésimos de segundo do seu grande rival.

Compareceram 114 pilotos nesta prova organizada pelo Clube Escape Livre e pela Geapro, com o apoio da Câmara e da Agência para a Promoção da Guarda. Os treinos, realizados na parte da manhã, foram marcados pelo mau tempo, tendo as condições atmosféricas melhorado durante a tarde, apesar do frio intenso ter sido uma constante. Tal como se esperava, em termos absolutos, a luta pelo primeiro lugar foi muito renhida, com Cláudio Loureiro a levar a melhor sobre os irmãos Emanuel e Daniel Pombo. No final, o vencedor mostrou-se bastante satisfeito pelo triunfo num circuito «diferente, muito físico, mas ao mesmo tempo muito engraçado», afirmou o jovem de 24 anos a O INTERIOR. Natural de Felgueiras, Cláudio Loureiro confessou que o frio «atrapalhou um pouco». «Numa descida nunca me tinha acontecido isto. Por vezes, posso até arrancar um bocado frio, mas costumo chegar a transpirar. Aqui cheguei com as mãos completamente geladas», exemplificou.

Em femininos, a primeira foi Daniela Costa. José Silva, José Ferreira, João Cordeiro e Paulo Pereira venceram, respectivamente, em cadetes, juniores, veteranos A e B. Finalmente, a categoria da promoção foi ganha pelo piloto da Guarda João Rodrigues, que suplantou o também guardense Alexandre Guilhoto. Estes dois concorrentes foram os primeiros na categoria “pilotos da Guarda”, tendo David Rebelo ficado na terceira posição. Ao todo, participaram 15 pilotos da cidade mais alta.

Algumas quedas e idas ao hospital

Luís Celínio, presidente do Clube Escape Livre, faz um balanço positivo desta primeira edição do “downhill” urbano da Guarda, tendo os objectivos sido «totalmente alcançados» em termos desportivos e de visibilidade. Contudo, nem tudo correu da melhor forma ao longo do percurso com 1.112 metros de extensão, entre a Torre de Menagem e a Avenida Monsenhor Mendes do Carmo, pois vários pilotos sofreram acidentes. No entanto, o responsável garante que foram «apenas dois pilotos, um rapaz e uma rapariga, que necessitaram de receber tratamento hospitalar». De resto, adianta que se registaram «mais quatro ou cinco quedas», uma situação que pode estar relacionada com o facto de «alguns pilotos não terem feito o reconhecimento a pé do trajecto». Luís Celínio desvaloriza estes incidentes, ressalvando que a prova da Guarda registou, «ainda assim, menos quedas do que o normal neste tipo de competição». Em 2009, o percurso deverá sofrer «ligeiras alterações de pormenor», sendo que, no futuro, há «várias possibilidades e outras alternativas igualmente interessantes e espectaculares».

Ricardo Cordeiro

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