«Um projecto de vida e uma paixão a longo prazo». É como Paulo Romão, proprietário das “Casas do Côro”, designa o empreendimento que iniciou há sete anos após ter adquirido e transformado um arruinado casario. Já designado como o “tesouro” da Aldeia Histórica de Marialva (Mêda), este complexo turístico oferece a quem o procura um conforto e uma tranquilidade cheios de requinte.
A envolvente da natureza e a história da aldeia oferecem ao viajante um ambiente único que apetece partilhar e desfrutar. Chegados ao centro de aldeia medieval, bem próximo do castelo, encontram-se as pequenas casas. A rudeza exterior dos edifícios, construídos em pedra, esconde a paz que se encontra no seu interior, decorado com o esmero e conforto de um verdadeiro lar. Entre o clássico e o contemporâneo, todos os quartos das “Casas do Côro” são diferentes e nenhum dos ínfimos pormenores se repete. Os anfitriões do empreendimento, que disponibiliza 21 quartos e duas suites, Carmen e Paulo Romão, são verdadeiros mestres na arte de bem receber. E o mais extraordinário é que se trata de uma vocação inata, já que nenhum deles possui qualquer formação na área da hotelaria e turismo. «Tudo o que fazemos aqui é por causa do nosso histórico, às vezes a particularidade de não sermos formados na área é bom porque aprendemos tudo sozinhos e as necessidades criaram-se pelo que vivemos nestes sete anos», refere o empresário. A curto prazo o casal espera dispor de mais quatro unidades, que poderão comportar duas camas extras, isto porque, segundo Paulo Romão, «existem muitos casais com filhos muito pequenos».
Nesse sentido, o empresário espera que «até à Páscoa» duas das casas já estejam concluídas e arrancar, posteriormente, com a construção das restantes. Assim, as “Casas do Côro” passam a disponibilizar 25 quartos. Isto porque, «permanentemente», o complexo recebe cerca de 50 pessoas, sendo que o crescimento da unidade aponta para os 30 quartos: «É uma pena não estarem construídos porque temos mercado para eles todos os dias», garante o proprietário. Cada vez mais consolidado, o empreendimento ajudou a recolocar o nome da medieval Marialva nas rotas do turismo nacional. «Há um potencial natural que tem de ser reaproveitado e que não estava explorado. Actualmente movimentamos muitas pessoas e todas as sinergias com os nossos parceiros estão trabalhadas ao mais alto nível», refere Paulo Romão. No total, o projecto é formado por sete casas, todas implantadas à volta do castelo, bem no centro de Marialva. As casas da Vila, de São Tiago, do Côro, de N. Sra. de Lurdes, do Largo e as, mais recentes, Casa da Pipa e de S. Pedro oferecem ao viajante duas filosofias de alojamento diferentes: a possibilidade de desfrutar do serviço de um pequeno hotel ou, por outro lado, de usufruir de uma estadia numa das habitações autónomas.
Para completar o cenário, por si só já de grande conforto, também foram pensados outros equipamentos, como uma piscina exterior, um jacuzzi colectivo ou uma sauna. Também colocada estrategicamente no centro de Marialva, há ainda a “Loja do Côro”, inaugurada em 2002 por Jorge Sampaio, então Presidente da República, em que são vendidos produtos de qualidade, da região e não só. Outra das suas missões é oferecer ao hóspede a possibilidade de adquirir os produtos que fizeram parte da gastronomia experimentada durante a estadia nas “Casas do Côro”. À entrada na loja, uma panóplia variada da doçaria regional e uma selecção surpreendente dos melhores vinhos do Douro impressionam, desde logo, os visitantes mais cépticos. Ao dispor de quem visita Marialva existe muito mais do que um simples local de repouso. Provas de queijo, de vinhos, passeios de barco no Douro ou a possibilidade de participar em actividades como a vindima são apenas algumas das propostas que os hóspedes podem usufruir.
Entretanto, este Verão o casal de empresários iniciou uma nova caminhada, ligando Marialva ao Douro. «O Douro é, porventura, a melhor experiência que tivemos nestes sete anos», sublinha Paulo Romão. Isto porque o potencial natural da paisagem «é único», estando ainda «sub-aproveitado». Explicar a chave do sucesso desta iniciativa parece ser, para Paulo Romão, uma tarefa fácil: «Sermos naturais, a nossa boa-vontade e boa disposição, tal como as vivências que proporcionamos acabam por fazer com que as pessoas regressem mais tarde para mostrar essa experiência aos amigos».