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Um “Chasin’ the Bird” pronto em Setembro

Curta-metragem reúne uma equipa de 16 pessoas, onde se incluem Hugo Moreira e Hugo Tavares, jovens da Guarda

“Chasin’ the Bird” é o nome do projecto de final de curso de Cinema de seis alunos da Universidade da Beira Interior (UBI) que foi um dos três a receber o apoio máximo da verba que chegou do Ministério da Cultura. Uma verba de 600 euros a que se somaram diversos apoios e bastante dinheiro do bolso de cada um. A qualidade do projecto convenceu Hugo Tavares, actor profissional, que acedeu ao convite de Hugo Moreira, um dos realizadores da obra. Ambos naturais da Guarda e amigos de infância, participam na curta-metragem, que deverá ser apresentada em Setembro, na mostra de todos os projectos, na Covilhã.

O grupo “Carrossel”, autor do projecto, revela que a ideia surgiu sob pressão, em Novembro do ano passado, numa noite de “brain storming”.Depois de várias reuniões infrutíferas, o grupo juntou um imigrante de Leste, um telefone, música, «esquizofrenia e drogas», criando uma estória de onde destaca «a intensidade dramática, que se tornou num desafio ainda maior», explica Humberto Rocha, do grupo. «De um momento para o outro surgiu assim o toquezinho que faltava para juntar a ideia toda. Acabámos por ficar resumidamente com tudo o que queríamos e ficámos com algo com muita força e intensidade dramática, algo que resulte extremamente bem», reforça. Em Manteigas e Belmonte, a Casa das Obras e a desactivada Residencial Altitude deram os cenários para seis dias de rodagem. Uma curta-metragem com 15 minutos que, na opinião de Hugo Tavares, «é, acima de tudo, uma estória de amor que envolve gosto pela vida. E estas são máximas com que toda a gente se pode identificar». Tal como Dimitri Bolomolov, Hugo Tavares não recebeu qualquer remuneração pelo desempenho do papel. O jovem actor recusa epítetos e relega fama e pagamentos para segundo plano: «Quando o personagem é bom, é quase uma obrigação aceitar o papel, porque não costumam aparecer muitos papéis com qualidade», sublinha. O protagonista fala num personagem «perturbado, perdido, com uma grande profundidade de sentimento e, acima de tudo, com alguns momentos de lucidez, que o fazem encontrar-se consigo mesmo». Dos seis mil euros originalmente orçamentados, só 1.700 foram usados, depois de cortes em meios técnicos, “catering” e caracterização. Humberto Rocha confessa que, «na prática, as coisas não foram como estavam na nossa cabeça, mas o balanço é extremamente positivo. Depois de quase um ano de pré-produção, produção e montagem, a ideia acaba por passar». O grupo pretende exibir o filme numa outra sessão, para além da que ocorrerá na UBI. Segundo Humberto Rocha, «isto foi um projecto académico, mas com o objectivo de ser um filme». A ideia é concorrer a festivais e ser projectado em diversas salas, em busca de público, prémios e projecção. A realização de “Chasin’ the Bird” é de Hugo Moreira, Humberto Rocha e Luís Campos, com fotografia de Humberto Rocha. O responsável pelo som é João Gazua, enquanto que a música está a cargo de Gonçalo Marques e a montagem de Alexandre Banhudo e Tiago Moreira.

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