A Guarda, juntamente com Viana do Castelo e Braga, é um dos distritos com mais candidaturas de Juntas de Freguesia ao programa de aquisição de meios de primeira intervenção no combate a incêndios florestais.
O gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local divulgou, na última quinta-feira, ter recebido 1.845 candidaturas para uma iniciativa que envolve um investimento de oito milhões de euros. Segundo dados oficiais, no distrito concorreram 234 Juntas, sendo que a Guarda (38), Sabugal (33), Almeida (27) e Seia (21) foram os municípios com mais candidaturas. Na Cova da Beira apenas manifestaram interesse 54 freguesias, 23 das quais pertencem ao concelho da Covilhã. O objectivo é distribuir “kits” de incêndios com diverso material, nomeadamente depósitos de água e de retardantes, assim como equipamento básico de combate a fogos. «Serão consideradas prioritárias as freguesias que têm mais de 50 por cento da sua área abrangida por mancha florestal, cuja sede se encontre a mais de 10 quilómetros de distância da sede do município a que pertencem e que apresentem um plano de formação ministrado pelos gabinetes técnicos florestais dos municípios ou por uma corporação de bombeiros», explica fonte daquele gabinete.
O material inclui um tanque de água ligado por uma moto-bomba, dois conjuntos de mangueiras, depósitos suplementares para aditivos de substâncias químicas (caldas retardantes), além de agulhetas e bocais de ligação – para acoplar outros meios de combate. Este equipamento destina-se à primeira intervenção. Para uma fase de contenção, de forma a circunscrever um fogo, vão ser financiados moto-roçadoras, motoserras, ancinhos, pás, enxadas e foices para corte dos tojos e ervas. Dos oito milhões de euros respeitantes ao protocolo, quatro milhões provêm do Ministério da Agricultura (MADRP), através do Fundo Florestal Permanente, e os restantes do Ministério da Administração Interna (MAI).