Meu nome é Tah Ling Pu e sou comprador de uma empresa em Bolsa na Europa. Acabo de comprar o Benfica. Sou muito amigo de Partisan Stragonoff que está a negociar o Porto e é evidente que temos cruzado com Ali Bomb Yousuf, que ardentemente deseja o Braga e o Sporting. Isto é o mundo da globalização. Trabalhadores chineses baratos que dominam a arte do futebol, gente como Oliver Tsubassa e o guarda-redes Bangi vão dominar as escolas do Benfica e cilindrar os Romanoff e Kusturika dos clubes competidores. Nós somos capazes de transformar o futebol da Europa num imenso espectáculo a baixos custos. Trazer da Índia, da China e do Paquistão novos talentos treinados em escolas onde colocamos Figo, Paulo Sousa, Ronaldinho não será impossível. Os compradores de clubes percebem as potencialidades do negócio e percebem, como a TAP, a PT e a EDP, que a solução está nos despedimentos colectivos de trabalhadores, futebolistas caríssimos, funcionários a peso de ouro como só os da Função Pública em Portugal. Os nossos clubes serão sobretudo montras de novos talentos chegado ao preço da uva mijona e que serão vendidos a esses pacóvios do futebol do Norte da Europa. Eu posso colocar 100 jogadores no Benfica, carregados de talento, velozes, altos, a 200 euros e almoço a cada um. Se não gostam, tenho lá mais 200 à espera de oportunidade. A isto chamamos a globalização da quantidade. Claro que estamos interessados no Benfica e noutros clubes. Venham ver o Oliver e os desenhos deles com que inundaremos as lojas de cromos.
Por: Diogo Cabrita