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Governo pode divulgar conclusões do incêndio de Famalicão

Secretário de Estado da Protecção Civil participou na homenagem aos bombeiros falecidos há um ano

Um ano depois da tragédia de Famalicão da Serra, em que perderam a vida cinco sapadores chilenos e um bombeiro português, o secretário de Estado da Protecção Civil acredita que o estudo daquele incêndio poderá trazer «ensinamentos» aos bombeiros. Ascenso Simões visitou, na passada segunda-feira, o Comando Distrital de Operações e Socorro, o Centro de Meios Aéreos da Guarda e participou ainda numa missa de homenagem aos bombeiros falecidos no fogo que deflagrou a 9 de Julho de 2006 na serra de Famalicão.

O governante disse ter vindo à Guarda para conhecer o estado de prontidão dos dispositivos de combate a incêndios. «Este ano fizemos um grande esforço em termos de operação, de articulação entre meios terrestres e aéreos e, pela primeira vez, temos em Portugal 52 meios no início da fase “Charlie”», afirmou. Quanto ao sinistro de Famalicão, Ascenso Simões recordou que o caso está a ser analisado pelas entidades competentes, mas que poderá ser feita «uma divulgação dos seus principais ensinamentos». No entanto, realçou que «ainda é cedo para o fazer», já que o caso está em segredo de justiça. «Quando terminar o processo judicial teremos condições para ter uma leitura diferente do que aconteceu em Famalicão da Serra, pois há muitas questões a debater e a ponderar do ponto de vista técnico e operacional», adiantou. Sobre a homenagem prestada aos bombeiros falecidos, o secretário de Estado considerou que «não podemos deixar de assinalar este momento que foi muito dramático e muito vivido pelo Ministério da Administração Interna e pelo Governo».

De resto, o governante espera que a campanha de sensibilização para a prevenção de fogos florestais, lançada no início da semana, possa contribuir para uma diminuição dos incêndios em Portugal. A iniciativa, que inclui “spots”publicitários e a distribuição de 36 milhões de sacos de plásticos, pacotes de açúcar e panfletos, apela a um “Portugal sem fogos depende de todos nós”. O investimento ronda os 10 milhões de euros, sendo que dois milhões de euros foram disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna e da Agricultura, e o restante por empresas que aderiram ao Movimento Eco.

Tânia Santos

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