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Fundão quer renegociar contrato de concessão de água

Manuel Frexes considera que houve «critérios diferentes para concessões iguais»

A Câmara do Fundão quer renegociar o contrato de concessão das redes de água e saneamento do concelho com o Governo. Manuel Frexes, presidente da autarquia, considera que houve «critérios diferentes para concessões iguais», admitindo, por isso, que poderá levar o caso à barra dos tribunais se não conseguir renegociar o contrato de concessão.

Apesar de negar a intenção de deixar o sistema multimunicipal da Águas do Zêzere e Côa (AdZC), o autarca exige que apliquem ao município «o mesmo critério usado em Castelo Branco». A polémica surge na sequência da autarquia albicastrense ter aprovado, no passado 30 de Maio, um contrato de concessão com a Águas do Centro, que lhe garante 60 milhões de euros pela entrega, por 30 anos, das redes de água e saneamento do concelho, enquanto que as infraestruturas da autarquia do Fundão foram avaliadas, no ano 2000, em 600 mil euros. «Utilizaremos todos os meios ao nosso alcance para obter um tratamento igual a outros municípios», disse, sublinhando que pondera avançar com uma acção em tribunal contra a entidade que poderá resolver o problema.

Segundo Manuel Frexes, a autarquia de Castelo Branco teve ainda direito a 32 milhões de euros, por perda de negócio, ao contrário do Fundão. «O nosso negócio também foi absorvido por essa entidade [AdZC] que nos fornece água em alta, que utiliza as nossas infraestruturas. Só queremos que nos paguem o valor justo e que nos indemnizem da perda do negócio, como fizeram noutros concelhos», sustentou. “O Interior” tentou obter declarações junto do presidente do Conselho de Administração da AdZC, no entanto, Sérgio Hora Lopes remeteu qualquer esclarecimento para mais tarde, dizendo que o assunto da renegociação da concessão não passa pela a empresa multimunicipal.

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